Jan 02

Os governos que caem como caiu o que existia

Os governos que caem como caiu o que existia, embora simulem de vivos, estão já moralmente mortos”. Palavras de Alexandre Herculano sobre o normal anormal da nossa permanecente crise. O tempo verbal é indiferente. Foi passado, é presente, há-de ser futuro. Não somos bruxos, mas temos a certeza, sem condicional.

Já agora, parafraseando o mestre, uma rede social unânime numa opinião ou num hábito não seria rede, seria gado…

Jan 02

O venerando alertou

O venerando alertou, alertou e todos os dias nos diz que alertou. Até nos manda comprovar o alerta, que está no seu próprio sítio. O venerando apelou à união nacional, assim escrita em minúsculas, como sublinharam os portadores da voz que não têm os principais partidos. Isto é, quase todos disseram  nada, dizendo tanto quanto o próprio mote que lhes deu pretexto, esse mais do mesmo que nos embarga… Vira o disco e vai tocando o mesmo, nesta semântica onde até falta retórica, que mais um ano será da tal ciência das relações do negocismo. Mais um ano de frustrações transformadas em invejas e persigangas para gáudio de pequenos hierarcas, adjuntos, assessores e acedentes, nestas sucessivas repartições do domínio do senhor ninguém, com que se disfarça o comunismo burocrático, onde o enquanto o pau vai e vem, folgam as costas… “Os governos que caem como caiu o que existia, embora simulem de vivos, estão já moralmente mortos”. Palavras de Alexandre Herculano sobre o normal anormal da nossa permanecente crise. O tempo verbal é indiferente. Foi passado, é presente, há-de ser futuro. Não somos bruxos, mas temos a certeza, sem condicional. Adorei o teleponto e aquela boa propaganda porque não parece propaganda, a do presidencialês, emitida por quem é mais politicão dos políticos portugueses, mas que critica os decisores políticos, só porque, em construtivismo, se coloca abstractamente no majestático. Acabei de dizê-lo em público, na televisão, sublinhando que repetir os tópicos da pré-campanha é fazer campanha, fingindo não o fazer. “No primeiro dia do ano de 1974, tudo se passou como iguais dias dos anos imediatamente anteriores”. Palavras do venerando Chefe de Estado da república, Américo de Deus Rodrigues Thomaz, na véspera de ser despachado para o pretérito imperfeito, recolhidas de suas memórias chatas, longas e compridas.

Jan 02

Mais um ano de frustrações transformadas em invejas e persigangas

Adorei o teleponto e aquela boa propaganda porque não parece propaganda, a do presidencialês, emitida por quem é mais politicão dos políticos portugueses, mas que critica os decisores políticos, só porque, em construtivismo, se coloca abstractamente no majestático. Acabei de dizê-lo em público, na televisão, sublinhando que repetir os tópicos da pré-campanha é fazer campanha, fingindo não o fazer.

“No primeiro dia do ano de 1974, tudo se passou como iguais dias dos anos imediatamente anteriores”. Palavras do venerando Chefe de Estado da república, Américo de Deus Rodrigues Thomaz, na véspera de ser despachado para o pretérito imperfeito, recolhidas de suas memórias chatas, longas e compridas.

“Os governos que caem como caiu o que existia, embora simulem de vivos, estão já moralmente mortos”. Palavras de Alexandre Herculano sobre o normal anormal da nossa permanecente crise. O tempo verbal é indiferente. Foi passado, é presente, há-de ser futuro. Não somos bruxos, mas temos a certeza, sem condicional.

O venerando apelou à união nacional, assim escrita em minúsculas, como sublinharam os portadores da voz que não têm os principais partidos, incluindo um outro medina que não é carreira. Isto é, quase todos não dizem nada, dizendo tanto quanto o próprio mote que lhes deu pretexto, esse mais do mesmo que nos embarga…

Vira o disco e vai tocando o mesmo, nesta semântica onde até falta retórica, que mais um ano será da tal ciência das relações de que falavam varas de loureiros, quando confrontados com as inconfidências dos robalos e mais pescarias do negocismo onde quem teve unhas é que foi à apresentação do livro de sócras, quando o menino era d’oiro…

Mais um ano de frustrações transformadas em invejas e persigangas para gáudio de pequenos hierarcas, adjuntos, assessores e acedentes, nestas sucessivas repartições do domínio do senhor ninguém, com que se disfarça o comunismo burocrático, onde o enquanto o pau vai e vem, folgam as costas…

“Quando chegamos ao fundo do poço, só nos podemos levantar. Tal como eu, já muitos portugueses viveram momentos bem piores do que este, nos anos 70 e 80. Os tempos que correm são sobretudo um poço psicológico, porque trata-se de ver cair por terra muitas das expectativas que as actuais gerações tinham em relação ao futuro.” (In Correio da Manhã)

“O que nos faz falta em 2011 é esperança e sentido de mobilização. Mesmo que surjam coisas piores, vai de certeza aparecer também um caminho alternativo. Porque vale a pena continuar a reinventar e refundar Portugal” (JAM, id. ib.)

Já agora, parafraseando o mestre, uma rede social unânime numa opinião ou num hábito não seria rede, seria gado…