Fico sempre com raiva quando usurpam a nação, com muitas fardas, clarins, desfiles militares e oficiais discursos, para ministro ou presidente, antes de se condecorarem bandas de música. Dano-me quando os enfastios da burocracia metem a pata por cima da povo, ou quando o patriotismo espectacular me obriga a pôr bandeiras à janela, para as mesmas debotarem. Por isso, dizer qualquer coisa de patrioticamente profundo chateia à brava. Até porque se fôssemos patriotas, hoje, ainda voltaríamos a ser alcunha dos de miguelistas e de fascistas, que é coisa que só podem dizer os génios que têm blogue para não deixarem de ter blogue, a quem convém dizer que têm blogue, para ninguém poder dizer que só tinham blogue para se passarem acima e além dos blogues, mas continuando a reinar na blogazarra. Porque no Portublogal, onde surfam alimárias do parece bem para as tias, é politicamente correcto parecer politicamente incorrecto, como os correctos inquisidores dominantes dizem que se deve ser correctamente incorrecto, a fim de podermos ser correctamente citados pelos colegas dos jornais que nos pagam para neles nos escrevermos. E assim nos esquizofrenamos todos, juntamente com outros vómitos do mesmo jaez, sem os quais o país poderia não ser tão divertido, mas era, de certeza, bem menos poluído.