Brasil, onde o pensamento consegue lançar raízes

Aqui, Silvestre Pinheiro Ferreira é mestre, José Bonifácio, um estandarte e até se conta a história de Avelar Brotero, o jurista, não o botânico, o tal que para aqui veio em 1825, depois de uma actividade de magistrado na pátria de origem, e que se transforma no primeiro lente da Faculdade de Direito de São Paulo, onde foi secretário durante quatro décadas.Será que nos esquecemos dele, só porque pediu a nacionalidade brasileira em 1833.Mas mestre Agostinho da Silva sempre exibiu, até morrer, o seu passaporte da terra de Vera Cruz… Deparo-me com a reedição da antologia do pensamento político de Walter Porto, dita “Conselhos aos Governantes”, onde alguns portugueses têm as suas obras, como Sebastião César Meneses, D. Luís da Cunha  ou Sebastião José de Carvalho e Melo, ao lado dos gigantes como Platão, Maquiavel ou Frederico II, num universo de apenas uma dezena de autores, coisa que espantaria muitos dos nossos tradutores em calão da “political ttheory”. Felizmente que nestas bandas o pensamento consegue lançar raízes. Que consigamos retomar as saudades de futuro.

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