Mais uma semana que começa, em ritmo de Verão de São Martinho e em plena mudança da hora. Ouço que Lula foi reeleito, conforme tínhamos aqui previsto, deixando o tucano Alckmin a mais de 20 pontos de distância. Reeleitos foram também Luís Filipe Vieira e José Sócrates, estes com mais de 95%, mostrando como os encarnados e os vermelhos estão ao rubro. Lula foi reeleito pela preferência dos pobres, os segundos pelos que podem pagar as quotas dos clubes.
O primeiro usa barbas, fez o discurso de vitória com t-shirt e teve um universo votante de 58 milhões de pessoas. Os segundos, engravatados de vermelho, andaram mais por baixo: o benfiquista pelos sete mil votantes, representantes dos seis milhões de simpatizantes das águias; o covilhanense foi ao partido legitimar-se por 25 mil votos, para governar dez milhões de lusitanos e quase oite séculos e meio de história. Um são as directas em pleno, numa das mais entusiasmantes democracias da história. Os outros, a representação oligárquica. Todos são democráticos.
O referendo na Sérvia e a eleição presidencial na Bulgária não mereceram muitos comentários, preferimos reparar nas manifestações dos bombeiros voluntários de Braga contra a manutenção do comandante e, ao invés, na proclamação dos irmãos de Tondela, contra a não recondução de outro comandante.
Reparo que a questão equatorial-sousatavaresista teve mais um episódio, com as declarações do escritor ao “Correio da Manhã” de hoje onde o mesmo, reproduzindo frases da literatura mundial repetiu, em sua defesa, o que aqui comentei neste blogue. Não o acuso de plágio, apenas brinco, porque concordo com ele. Apenas acrescento que me fui inspirar em Michel Déon, em “Les Ponneys Sauvages”…