Pobre universidade portuguesa, fundada nos finais do século XIII, cativa que começa a estar dos tradutores em calão dos manuais de “hardware”, com que os colaboracionistas dos novos colonizadores nos querem transformar em mero protectorado tecnológico dos novos donos do mundo, desses potentados para os quais saber é poder e não deixam que a pretensa periferia ouse penetrar nas torres cimeiras do “software”. Estou cansado das proclamações ministeriais de desvio de fundos para a uma ciência que se pensa regulamentada pelos painéis planificacionistas, dado que elas podem acelerar a chegada do tempo dos intelectuários, essa mistura da “intelligentzia” com o serventuário, coisas que sempre entraram, chouriçamente, na constituição do clero. Ciência em portugalês começa a ser essa bicha de especialistas no preenchimento das fichas exóticas dos mestres de obra dos construcionismos neopositivistas e toda a sua clique de assessores e gabinetes jurídico-económicos, esses novos nomes de uma burocracia técnica, com que se disfarça o novo manga de alpaca do sargento verbeteiro, onde as andorinhas do subsídio não fazem a priavera, com tanto desperdício em sucata. Por outras palavras, os bem intencionados desta nova era da Idade da Ciência, contra as trevas das Idades da Teologia e da Metafísica, se não leram Saint-Simon, frequentaram cursos de formação acelerada no INA em Excel e Open-Office e proclamam o exacto e verdadeiro científico, sem repararem que caíram nas redes dos pescadores de água turvas, desses que confundem bruxaria com futurologia, por errro na tradução automática do Google. É por isso que não vale a pena desperdiçar pérolas de “sophia” e “phronesis” com a criadagem de certa suinicultura que pensa disfarçar o mal-cheiroso de uma conduta indigna com muita contrafacção de água de colónia, para uso na diplomacia do croquete, como já se vivesse em pleno Petro-Estado, susceptível de enfileirar em meros processos cleptocráticos, mesmo que tudo se recubra com o pó-de-arroz do português suave.
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