Os engenheiros da sondajocracia não costumam captar quantitativamente aquelas decisões individuais que surgem em estados de excepção e raramente vislumbram que a unha negra da aritmética de uns escassos dois ou três por cento pode levar a um desses habituais golpes de Estado sem efusão de sangue. Os sinais do tempo confirmam que o situacionismo não revela sinais de ter entrado no tal quarto de hora do “encore vivant” de Monsieur de la Palisse. Aliás, o governamentalismo, acirrando o mau gosto de alguns palanques propagandísticos, parece temer menos o líder da oposição e muito mais um telejornal, dado que este é o único pé de barro na máquina populista que enreda a presente teledemocracia.
Mai
03