Mai 08

As fotografias erradas da parecerística do nosso processo de desinstitucionalização em curso

Um diário de hoje parece ter tirado, da arca do politicamente incorrecto, um dos segredos mais badalados há décadas de certo bloco central de interesses, onde, aliás, poucos pormenores conheço, a não ser os que me bateram à porta e que foram, naturalmente, porta fora. Destes, apenas recordo que nunca mais poderia falar de certo autarca à  moda do Minho se aceitasse discorrer cientificamente sobre o racismo, depois de uma acusação com que Pacheco Pereira justamente o brindou. Tal como não poderia abrir a boca sobre o persurso político de um antigo ministro do ambiente, se tivesse ousado opinar remunerativamente sobre o Plano Nacional da Água. Ou sobre um outro grande político do PS se caísse na esparrela de teorizar sobre as prisões, como me foi proposto por um ilustre presidente de Conselho Directivo, ex-director-geral do ministério. Não sou intelectual nem nunca tive tentações de intelectuário.

 

Daí achar curiosas as pidescas pesquisas que algumas alimárias têm feito junto de estações de rádio e televisão, bem como junto de certas revistas e jornais, procurando determinar as quantias que recebo pelo comentarismo a que me dedico. Todas as tentativas chegaram à verdade do número zero e desafio quem quer que seja a perder a cobardia das pesquisas da espionite pidesca. Apenas considero o meu publicismo como extensão da vida universitária em prestação de serviço à comunidade, colocando-o no mesmo plano da investigação aplicada que torno disponível nas minhas páginas e portais. Podem consultar até à vírgula a minha declaração de IRS, pelo que desafio todas as universidades a colocarem nas  vitrinas as quantias recebidas por ilustres colegas, não apenas na parecerística, mas, sobretudo, nas alcavalas remunerativas da engenharia de subsídios públicos para a  investigação e viagens de turismo científico, incluindo as que são subsidiadas por certas fundações que com tais instituições públicas têm protocolos.

 

Julgo que muitos mistérios de colaboracionismo seriam desfeitos, incluindo subidas na carreira e protecção  nas subidas de familiares directos dos protocolantes, bem como certas indicações para alguns cargos, todas essas clandestinidades que têm a mesma natureza das zonas ocultas do financiamento partidário, dado que participam, de forma indirecta, neste sistema de compra do poder em sentido amplo. Basta recordar que já Alves dos Reis comprou para o respectivo banco ilustres e catolicíssimos professores universitários, conforme podemos ler no processo, onde um deles se safou graças aos magníficos depoimentos de António de Oliveira Salazar e D. Manuel Gonçalves Cerejeira. O nosso querido sistema derramou as suas faltas de autenticidade não apenas entre deputados e partidocratas, mas por todo o regime, numa operação de desinstitucionalização que sugou a autonomia tanto dos grandes corpos de Estado como das velhas autonomias da sociedade civil.

 

Quem consultar a lista dos membros dos conselhos fiscais e das mesas das assembleias gerais de certos bancos e de importantes grupos económicos confirma a hipocrisia de uma sistema de gamela devorista, onde o público e o privado, irmanados pela empregomania, vivem em conúbio de economia mística, estendendo as suas nebulosas por todos os campos, incluindo o universitário, com este modelo dos conselhos gerais, onde os hierarcas instalados escolhem determinadas figuras da banca e do grande empresariado, para que o bloco central escolha quem os escolheu, em regime de endogamia, é quase tão pouco transparente quantos certos concursos públicos com fotografia. O artigo que hoje aparece no “Diário de Notícias” não é o princípio de muitos outros artigos, porque a armadura do silêncio vai fazer aliar a extrema-esquerda à  extrema-direita com a consequente unanimidade do boicote informativo, que é a alma do negócio desse Olimpo. Aliás, a pedrada nem sequer trouxe as fotografias certas, porque, dos principais, nem sequer há fotografias. Tentem outras zonas de parecerística e consultadoria, como a economia, a finança, as verduras, o ordenamento do território, as lixeiras e muitas engenharias e engenhocas. É um fartar de informações à espera do urgente jornalismo de investigação.

 

Actualizando um dito de certo general espanhol contra Unamuno, não direi, como ele disse, que, quando me falam de inteligência, puxo logo da pistola. Agora, puxam logo do livro de cheques e do cartão de crédito…

Mai 08

Muitos mistérios de colaboracionismo seriam desfeitos

Julgo que muitos mistérios de colaboracionismo seriam desfeitos, incluindo subidas na carreira e protecção  nas subidas de familiares directos dos protocolantes, bem como certas indicações para alguns cargos, todas essas clandestinidades que têm a mesma natureza das zonas ocultas do financiamento partidário, dado que participam, de forma indirecta, neste sistema de compra de poder em sentido amplo. Basta recordar que já Alves dos Reis comprou para o respectivo banco ilustres e catolicíssimos professores universitários, conforme podemos ler no processo, onde um deles se safou graças aos magníficos depoimentos de António de Oliveira Salazar e D. Manuel Gonçalves Cerejeira. O nosso querido sistema derramou as suas faltas de autenticidade não apenas entre deputados e partidocratas, mas por todo o regime, numa operação de desinstitucionalização que sugou a autonomia tanto dos grandes corpos de Estado como das velhas autonomias da sociedade civil. Quem consultar a lista dos membros dos conselhos fiscais e das mesas das assembleias gerais de certos bancos e de importantes grupos económicos confirma a hipocrisia de uma sistema de gamela devorista, onde o público e o privado, irmanados pela empregomania, vivem em conúbio de economia mística, estendendo as suas nebulosas por todos os campos, incluindo o universitário, com este modelo dos conselhos gerais, onde os hierarcas instalados escolhem determinadas figuras da banca e do grande empresariado, para que o Bloco Central escolha quem os escolheu, em regime de endogamia, é quase tão pouco transparente quantos certos concursos públicos com fotografia. Actualizando um dito de certo general espanhol contra Unamuno, não direi, como ele disse, que, quando me falam de inteligência, puxo logo da pistola. Agora, puxam logo do livro de cheques e do cartão de crédito…