Jun 03

Comendas e caricas de abertura fácil, para uso no festival super-rock das europeias

Com a campanha para as europeias a entrar na segunda metade das suas voltinhas a um Portugal que os candidatos e campanheiros fingem ainda querer conquistar, o pelotão continua quase compacto e o antigo camisola amarela,o PS, anuncia que existirá uma vitória se conseguir mais deputados eleitos do que o principal adversário. Daí que se compreenda o belo pé de dança que ontem envolveu Correia de Campos, Ana Gomes e Hasse Ferreira, confirmando-se novo desaparecimento de Elisa Ferreira. A tecla da roubalheira do BPN, mas sem referências aos falhanços do Banco de Portugal e com total silêncio sobre o esquecido BCP, na véspera de Dias Loureiro ir prestar declarações à PGR, transformou-se numa bandeira de Vital Moreira que ainda não nos explicou a razão que levou o ex-conselheiro de Estado a ser um dos principais apresentadores do livro de propaganda de José Sócrates, dito o “menino de ouro do PS”.

 

 

Já Paulo Rangel tentou ontem encenar uma pacificação com Luís Filipe Menezes e Pedro Passos Coelho, a qual aliás saiu pífia, enquanto Paulo Portas não conseguiu mobilizar a presença de Narana Coissoró e de Adriano Moreira, dado que Freitas do Amaral está, muito avençadamente, a recolher legislação para a revisão do regime jurídico das fundações e Manuel Monteiro anda em cruzada no Minho contra Mesquita Machado. Só o PCP e o BE parecem alentados com aquilo que Mário Soares escreve no DN: a União Europeia, dividida, sem lideranças que se imponham e sem rumo certo, está a ficar à margem, o que se repercute, negativamente, em todos os países europeus.

 

 

Mais certeiro parece ter sido Baptista-Bastos: Nada do que dizem Ilda Figueiredo, Miguel Portas, Paulo Rangel, Vital Moreira ou Nuno Melo suscita a mais escassa emoção ou o mais módico entusiasmo. O pessoal a quem se dirigem não os conhece, ou mediocremente dá por eles. A nitidez crescente desta ignorância popular faz dos “políticos” algo de criminosos, porque a eles cumpre não só esclarecer como evitar o declínio acentuado da democracia e a degenerescência de um regime que têm de ocupar o espaço mais amplo de definição.

 

 

O desfile de nulidades e de apparatchiks de que as televisões são palco constitui a afirmação de um tribalismo generalizado, que não comporta a esperança mas a resignação. Esta democracia é uma desgraça porque espicaça o desprezo, alimenta o ressentimento, incrementa o rancor e não conseguiu, em 35 anos, extirpar os odiosos fantasmas do racismo e da xenofobia.

 

Tudo isto é muito mau: a mediocridade dos dirigentes; a incultura e a ignorância dos quadros intermédios; o culto da competitividade como modo e forma de triunfo; o apagamento da cidadania; a liturgia do dinheiro como expressão única de ascensão. A natureza profunda do envilecimento do regime encontra-se na péssima qualidade dos seus dirigentes. Esta democracia é uma miséria. Mas é minha. Também eu a construí. Lá estarei a votar.

 

Também António Barreto foi à SIC-Notícias bisturizar a decadência, confirmando como os povos da Europa não são parvos quando se desinteressam por um parlamento europeu, entidade que não é quem efectivamente manda e explicando o nível de mercado do Bolhão que atingimos, tanto quanto ao degradante espectáculo dos chamados operadores da justiça, como com os principais responsáveis pela escola pública. E a cena parlamentar de ontem com batuque de carteiras, entre Maria de Lurdes Rodrigues e Ana Drago, apenas confirmou a esquizofrenia.

 

Como ainda há dias confirmava o Jorge Braga de Macedo, no contexto desta balança da Europa, a democracia do parlamento está definitivamente superada pela tecnocracia da comissão, enquanto nos interstícios regressámos claramente ao directório das potências, neste projecto europeu de muitas velocidades e outras tantas hipocrisias. Logo, não é um abstracto mais Europa que nos pode salvar deste ameaçador “out of control”, onde se vai tornar maioria absoluta portuguesa um tripé de esquerda propagandística, marcada pelo complexo arrogante da co-incineração, a de Sócrates, onde os outros dois pés de galo serão os cunhalistas não reciclados do “nacionalizado, nosso” e os ideólogos do “radical chic”. Por outras palavras, o país mais à esquerda da Europa soferá as agruras de desertificar os restos de meritocracia que o poderiam regenerar e entrará na loucura de um distributivismo que o fará entrar no contraciclo.

 

Daí que discorde radicalmente das propostas apresnetadas pelo senhor seleccionador nacional das comendas e mais condecorações. Logo, emito esta lista alternativa para as seguintes:

Antigas Ordens Militares:

 

 

Ordem das Cagarras

Jaime Matos Gama (Grã-Cruz )

 

Ordem do Dragão

Professor Jesualdo Ferreira (Grã-Cruz )

Senhor Pinto da Costa (Grã-Cruz )

Reinaldo Teles (Grã-Cruz)

 

Ordem de Sant’Iago Mata Mouros

Fátima Felgueiras (Grande Oficial )

Valentim Loureiro (Grande Oficial )

Isaltino de Morais (Grande Oficial)

 

Ordens Nacionais:

 

 

Ordem do Rei das Berlengas

Diogo Freitas do Amaral ( Grã-Cruz )

Roberto da Luz Carneiro ( Grã-Cruz )

Charles Smith ( Grande Oficial )

António Morais ( Grande Oficial )

Manuel Pedro ( Grande Oficial )

Roberto Carneiro ( Comendador )

Tio do Sobrinho ( Grande Oficial )

Filho do Tio do Sobrinho ( Grande Oficial )

Joe Berardo ( Grande Oficial )

Ricardo Salgado ( Comendador )

Paulo Teixeira Pinto ( Oficial )

Filipe Pinhal ( Oficial )

 

Ordens de Mérito Civil:

Maria José Morgado ( Grã-Cruz )

Pinto Monteiro ( Grande Oficial )

Marinho Pinto ( Grande Oficial )

Paulo Rangel ( Grande Oficial)

Vital Moreira ( Grande Oficial )

Nuno Melo ( Grande Oficial )

Miguel Portas ( Comendador )

Ilda Figueiredo ( Comendador )

Roberto Carneiro ( Comendador )

Jorge Miranda (Comendador)

Maria da Glória Garcia (Comendador)

Alberto Costa (Comnendador)

Procuradoria Geral da República ( Membro Honorário )

Porta voz do PS para o Trabalho Temporário (Membro Honorário)

 

Ordem da Instrução Pública

Maria de Lurdes Rodrigues ( Grã-Cruz )

Walter Lemos ( Grande Oficial )

Mário Nogueira ( Grande Oficial )

Roberto Carneiro ( Comendador )

Veiga Simão (Comendador)

Mariano Gago (Comendador)

Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (Membro Honorário)

 

Ordem do Mérito Agrícola, Comercial e Industrial Classe do Mérito Agrícola

Jaime Silva ( Comendador )

Manuel Pinho ( Comendador )

Roberto Carneiro ( Comendador )

Oliveira e Costa (Comendador)

Dias Loureiro (Comendador)

 

posted by JAM | 6/03/2009 04:39:00 AM

Jun 03

Eleições europeias.

Com a campanha para as europeias a entrar na segunda metade das suas voltinhas a um Portugal que os candidatos e campanheiros fingem ainda querer conquistar, o pelotão continua quase compacto e o antigo camisola amarela,o PS, anuncia que existirá uma vitória se conseguir mais deputados eleitos do que o principal adversário.  O pessoal a quem se dirigem não os conhece, ou mediocremente dá por eles. A nitidez crescente desta ignorância popular faz dos “políticos” algo de criminosos, porque a eles cumpre não só esclarecer como evitar o declínio acentuado da democracia e a degenerescência de um regime que têm de ocupar o espaço mais amplo de definição. O desfile de nulidades e de apparatchiks de que as televisões são palco constitui a afirmação de um tribalismo generalizado, que não comporta a esperança mas a resignação. Esta democracia é uma desgraça porque espicaça o desprezo, alimenta o ressentimento, incrementa o rancor e não conseguiu, em 35 anos, extirpar os odiosos fantasmas do racismo e da xenofobia. Tudo isto é muito mau: a mediocridade dos dirigentes; a incultura e a ignorância dos quadros intermédios; o culto da competitividade como modo e forma de triunfo; o apagamento da cidadania; a liturgia do dinheiro como expressão única de ascensão. A natureza profunda do envilecimento do regime encontra-se na péssima qualidade dos seus dirigentes. Esta democracia é uma miséria. Mas é minha. Também eu a construí. Lá estarei a votar. No contexto desta balança da Europa, a democracia do parlamento está definitivamente superada pela tecnocracia da comissão, enquanto nos interstícios regressámos claramente ao directório das potências, neste projecto europeu de muitas velocidades e outras tantas hipocrisias. Logo, não é um abstracto mais Europa que nos pode salvar deste ameaçador “out of control”, onde se vai tornar maioria absoluta portuguesa um tripé de esquerda propagandística. Por outras palavras, o país mais à esquerda da Europa soferá as agruras de desertificar os restos de meritocracia que o poderiam regenerar e entrará na loucura de um distributivismo que o fará entrar no contraciclo.