Dez 25

Untitled

A metafísica não é monopólio de nenhuma religião revelada. Por isso vou reler esse magnífico livro de José Régio, “Confissões de um Homem Religioso”…

Por mim, sou crente, isto é, não sou ateu nem agnóstico. Só que crenças sempre houve muitas, até as dos que acreditam que pode haver pluralismo entre a unicidade absoluta, que está lá em em cima, e a divergência da vida e da historicidade, que está cá em baixo, entre o macrocosmos e o microcosmos que o pretende imitar pela ascensão mística da conversão…

Quando a Igreja de Roma optou por antedatar o dia tradicional de Natal, colocando-o por cima do solstício, não o fez por mero oportunismo. Seria também injusto monopolizá-lo com um banal fundamentalismo. Unir essa religião revelada com os mistérios antigos é convergir em universalismo!

Os símbolos cristãos da natividade e da imaculada concepção, quando deixam a rotina da liturgia, assumem aquela dimensão poética de uma infância que pode dar além, mesmo para os que não são crentes do povo encabeçado pelo Santo Padre. Este estes e os ateus e os agnósticos, há um largo espaço de complexidade

Dez 25

Um novo Buda está a ser desenterrado no Afeganistão

Um novo Buda está a ser desenterrado no Afeganistão. A bomba dos talibãs tem nova resposta dos mistérios antigos. Não tardará que se confirme: afinal o Buda foi copiado do deus grego Apolo. Afinal, todas as civilizações universais são filosoficamente contemporâneas. Viva o fundador do abraço armilar: Alexandre o Grande! Alexandre, Alexandria, Mediterrâneo, Persas que deram aos Árabes a Al-Kimiya e essa mistura de estoicismo e neoplatonismo que provocou Camões e o nosso Renascimento manuelino, contra o dualismo do corpo e do espírito, nessa arte que procura a eternidade contra os dualismos, em nome do “ora et labora”, de que resultou Newton e a ciência inteira… Os símbolos cristãos da natividade e da imaculada concepção, quando deixam a rotina da liturgia, assumem aquela dimensão poética de uma infância que pode dar além, mesmo para os que não são crentes do povo encabeçado pelo Santo Padre. Este estes e os ateus e os agnósticos, há um largo espaço de complexidade, insusceptível da tenaz de certo discurso maniqueísta. Mas todos podem ser homens de boa vontade! Quando a Igreja de Roma optou por antedatar o dia tradicional de Natal, colocando-o por cima do solstício, não o fez por mero oportunismo. Seria também injusto monopolizá-lo com um banal fundamentalismo. Unir essa religião revelada com os mistérios antigos é convergir em universalismo! Por mim, sou crente, isto é, não sou ateu nem agnóstico. Só que crenças sempre houve muitas, até as dos que acreditam que pode haver pluralismo entre a unicidade absoluta, que está lá em em cima, e a divergência da vida e da historicidade, que está cá em baixo, entre o macrocosmos e o microcosmos que o pretende imitar pela ascensão mística da conversão… A metafísica não é monopólio de nenhuma religião revelada. Por isso vou reler esse magnífico livro de José Régio, “Confissões dum Homem Religioso”…