Jun 30

Acção dourada

Só agora me inteirei da acção dourada… O socialismo deste nacional-capitalismo, marcado por uma espécie de liberalismo a retalho é directamente proporcional ao desvario da porta-voz do comissário europeu da concorrência que num português de futebolítica declarou que a coisa, por não ter dimensão europeia, não se pode “blocar”…

É pena que no jogo de ontem, o árbitro não fosse do nosso estadão…é que nos cinco minutos finais ele podia pegar na bola, passá-la ao Cristiano e fazer um golaço. O problema é se o apitador se enganasse na baliza…

Claro que as “golden share” são legais perante a lei portuguesa, podem é ofender os princípios gerais de direito comunitário. Mas quanto mais isto for jurídico, mais ganha a parecerística e mais produtividade têm as faculdades de direito…

A a questão do Rui Pedro Soares/TVI, comparada com a assembleia-geral da PT é como compararmos os comentário do Rui Santos sobre a verdade desportiva com a derrota de ontem em campo. No capitalismo ganha-se no terreno do mercado e não nas politiquices e juridicices de secretaria. Chamem o Joe Berardo!

O Zeinal Bava está para o Cristiano Ronaldo como o Henrique Granadeiro, para o Carlos Queiroz. Vale mais ser Ricardo, o Espírito e o Santo, que esses ganham sempre!

É pena que o Mário Lino, o açoriano do velho Sporting, não possa dar as velhas sarrafadelas. O outro, o ex-comunista, não serve. Apenas sabe fiscalizar a CGD com senhas de presença, diria “jamé” e continuaria a defender a união ibérica, até porque a língua portinhola descende não sei de quê…Não consta que tenha lido, por dentro, São Saramago!

Ricardo confirma a velha tese: vendam-se os anéis, para ficarem os dedos! Ainda podemos lambê-los, antes de uma OPA os desenroscar… Aí é que, em vez de restos, teríamos de lamber feridas dos decepados. Mas sempre há belos cirurgiões para as plásticas da propaganda!

O país, mesmo o da blogosfera, parece que já não compreende o riso. Até nem sabe que a ironia “consiste em dizer as coisas que declaramos não dizer, ou então dizê-las com palavras que afirmam o contrário do que queremos exprimir”…

‎”Quando o governo fala está a interpretar os interesses do país, os interesses nacionais”. De Sousa o disse. Toma!

Crise, o que é? É quando o normal é haver anormais…

‎”Não deixarei que ninguém ponha sobre quem é mais caro as responsabilidades de uma equipa”. A culpa é sempre do simão… Confirmam-no seis ilustres juristas tão independentes que até parecerizaram “pro bono”…

Ilustres senhores! Crise é transformar os superiores interesses do país e os interesses nacionais em taxímetro… Vale-nos o PGR, que comanda a única parecerística verdadeiramente independente, de acordo com os princípios constitucionais! A nossa justiça que é a melhor da Europa continua a jogar para o empate…

A trapalhada pode sair muito cara para os senhores contribuintes. E quando ela se enreda em plural, pode acontecer um verão de acentuado arrefecimento nocturno, sem quem nos possa desatrapalhar… Só uma consciência cívica reanimada pode pôr os bois à frente do carro. Desapertem-lhe a canga!

Lá vejo De Sousa em imagem na TV: não me parece que tal “carificação” (de “cara”) dos interesses nacionais seja marcada por uma necessária credibilidade que inspire confiança. Quem se gasta pelo abuso da propaganda pode tornar-se pólvora ressequida, com muito fumo e pouco fogo. Só Alegre lhe reconhece interesse estratégico para a economia portuguesa. E o CDS mostra como essa do liberal, só a retalho…

Raciocinemos ideologicamente: Sócrates é socialista porque intervencionou em nome do socialismo; para defender uma intervenção capitalista de uma empresa de regime no âmbito de uma empresa num Estado estrangeiro; logo, como a serpente pode devorar a própria cauda, eis que Lula, se for gigante, pode ser consequente com o mesmo socialismo e intervencionar a Vivo…

Se Lula for tão proteccionista como Sócrates, teremos de concluir que valia mais a solidariedade ideológica do camarada Zapatero e a lealdade do amigo Ricardo. Bastava ler Marx e concluir que o capital não tem pátria…

Louvo o PCP pela coerência ideológica: nacionalizemos a PT para ela ser nossa. E compreendo que não saiba fazer contas, nomeadamente sobre quanto desembolsámos com os homens sem sono da noite de 11 de Março de 1975. O contribuinte pagou tudo ao tostão, com juros e favores. Ainda não nos explicaram esse dispêndio da pesada herança…

Confirmo como o CDS permanece fiel ao velho socialismo catedrático portucalense, actualizado por António de Oliveira, mas revisto e corrigido pela nacionalização dos prejuízos e pela privatização dos lucros…

Sugiro que o Bloco de Esquerda, através do guru portalegrense BSS, exporte a doutrina para a Dilma, para que a Vivo seja nacionalizada, deles. Nós podemos ficar apenas com a Isabel Santos…

Os homens do regime… Assim à distância, quem lê esta lista e repara no percurso recente de honrarias de muitos e muitos deles, pode concluir como a culpa só morre solteira se não quisermos ir à natureza da coisa…
Fátima Campos Ferreira com a criança ao colo…

Pedimos desculpa por esta interrupção. A crise prossegue, mesmo antes de momentos…

Pronto: pior do que sermos vencidos, foi ficarmos convencidos. A Catalunha jogou melhor!

Mais cinco Fábio e três Eduardo e o Queiroz ainda poderia ser seleccionador multinacional dos empatas que jogam sob as cores do Barrosal…

Prefiro a UEFA, onde até são sócios a Escócia e o País de Gales! Assim me safo da selecção ibérica e sempre posso ter a da Catalunha propriamente dita e a do País Basco. Os galegos podem jogar na nossa e o Cristiano também quando der tacadas que não sejam apenas verbais…

Pronto, lá se foi a Jabulani e lá temos que voltar aos sermões do costume descrevendo o que antes de o ser já o era. É urgente, portanto, um Prós e Contras especial que comente o drama do regime, mas sem som, só com esgares: de um lado a Manela Moura Guedes, o Professor Marcelo e o Vasco Pulido; do outro, a Fernanda Câncio, o Mário Soares e o D. José Policarpo. Mas tudo sem som. Era mesmo um êxito!

Já agora, encarregava da sonoplastia o Zé Pacheco Pereira, depois daquela análise que ele fez das vuvuzelas…

O filme de fundo a exibir poderia ser realizado pelo Manoel de Oliveira…sobre a vida e obra do Professor Manitu, com comentários de som do Marinho da Ordem.

A Fátima Campos Ferreira, que já está de férias, poderia ceder o lugar de moderadora ao Gilberto Madaíl. O Carlos Cruz ainda está no Um, Dois, Três, a descalçar a Botilde…

Pedimos desculpa por esta interrupção. A crise prossegue, mesmo antes de momentos, que o interregno é outra música…

PS: Claro que, pessoalmente, gosto da Fátima Campos Ferreira. Apesar de ser politicamente incorrecto dizer que ela é boa pessoa e excelente profissional. Porque neste ambiente de luta de invejas que substituiu a luta de classes, todos carregam nela, especialmente os bem queriam que ela os levasse ao colo. A imagem escolhida é um flagrante de simpatia. Foi picada aqui.