o que é bom para o espírito santo, é bom para Portugal.

Os indivíduos, se fossem bem educados por uma pedagogia de resistência, e não do colectivismo das seitas, deveriam copiar os grandes bancoburocratas e constituir grupos de interesse e de pressão, especialmente quando os partidos começam a não cumprir a respectiva missão, interpretando os interesses estratégicos do país, conforme os relatórios de forças alienígenas…

Só de vez em quando é que podemos proclamar: o que é bom para o espírito santo, é bom para Portugal. Desconfio de todos os que teorizam música celestial e literatura de justificação em nome da empregomania, própria ou dos familiares, ou do cumprimento da troca de favores cientelares e de velhas cunhas…

O nosso querido cérebro social, de tantos estrategistas e espiões emitindo traduções em calão, começa a nem sequer pensar, de tanta gordura sem músculo e de tanto apetite sem nervo. Até os ossos que lhe davam esqueleto começam a estalar, de tanta descalcificação. Isto não vai apenas com “jogging”…

Esquizofrenia: passar do oito ao oitenta e do oitenta ao oito. Ai dos povos que passam a ser unânimes numa opinião ou num hábito. Podem volver-se em rebanho dos fazedores do “agenda setting”. Tanto os que vêm da Presidência do Conselho. Como os das agências de comunicação das forças vivas. Não são sociedades secretas ou discretas. São meras empresas da geofinança que defendem os respectivos interesses.

Lula diz que não. Claro que não. Foi tudo autonomia da sociedade civil. No planalto dos fundos de pensões. O nosso zé é que gosta de ser mais desajeitado e até diz que utilizou a “golden share” para fins bem diversos daqueles para os quais a lei criou a mesma instituição. Seguiu a letra da lei, mas sem cumprir a “mens legis”. Porque, segundo o maquiavelismo dominante, os fins justificam os meios…

Manda quem manda porque manda, nem
Importa que mal mande ou mande bem.
Todos são grandes quando a hora é sua.
Por baixo cada um é o mesmo alguém.
Fernando Pessoa, 1935

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