Força sem justiça é despotismo. Justiça sem força é impotência. Misturamos os dois híbridos. Somos um fulgor baço…
O sindicalistas do MP respondem à rainha de Inglaterra. Invocam uma liderança moribunda…Sobe a parada, como era inevitável. Alberto Martins que, pelo menos, conseguiu conversar com todos, guarda silêncio. É rei do desunido reino e só teria o poder que ele próprio criasse. Continuará um gajo porreiro…
Como é que a coisa ainda dura? “…atendendo a ser elle o cabeça e mestre desta seyta, com a qual cauzou grande escandallo nesta corte, e dever servir de exemplo aos mais hereges para viverem com menos soltura e mais moderação…”. Sentença da Santa Inquisição de 1744, revista e actualizada nalguns meandros do micro-autoritarismo da nossa praça…Mais acima costumam lavar as mãos como Pilatos.
Só temos de agradecer já não haver “caza do tormento”, mesmo sem polé e apenas de potro. Mas continua: “e logo lhe foy protestado… se naquelle tormento morresse, quebrasse algum membro ou perdesse algum sentido, a culpa seria sua e não dos Senhores Inquizidores e mais ministros, que julgarão a sua causa segundo o merecimento della”… O potro agora é de tormento espiritual…pelos mesmos despadrados.
Se calhar, está tudo a exagerar com esta discussão simbólica sobre a rainha de Inglaterra que tem mais autoridade do que poder e que por isso não se compara em magnitude a qualquer um dos poderes domésticos do portugalório. Se calhar, tudo isto não passa de mero sismógrafo do sítio a que agora chegámos, onde o normal é haver anormais…
A caricatura analítica chega a proclamar que só há dois caminhos: sermos pelo sindicato de Palma ou pelo patrão ministerial, representado por Silva Pereira, onde a actual figura procuradoral não passa de mero resultado do paralelograma de forças. Pinto Monteiro não é causa nem consequência. É mero sintoma, ao lado de outros vértices do triângulo, como Marinho Pinto e Noronha do Nascimento…