Ago 12

PSD. Enquanto os elefantes não ultramontarem….

Férias são um belo contributo para a redução da despesa pública, porque grande parte do Estado a que chegámos é apenas “spam”, essa energia que se gasta na ilusão das mudanças aparelhísticas para que tudo como dantes, neste ciclo do canto do cisne em que nos madailizamos.  O PSD, quando frustradamente tentou sair do terreno da direita que convém à esquerda, com a proposta de revisão constitucional, ou assumir-se contra os patriotorrecas das companhias majestáticas, apenas confirmou que Passos Coelho ainda está de soberania condicionada até Anibal passar os Alpes, em cima dos elefantes que comem palha de Abrantes, as forças vivas que são donas do quartel. Os que efectivamente partem e repartem, preferem a banha da cobra e até as sondagens confirmem a existência de um centrão sociológico que não se importa com o endividamento. Porque vale mais o pássaro das promessas na mão, do que as boas reformas voando.  Daí que as equipas da oposição não possam jogar apenas com o banco de suplentes e os “juniores”. Sobretudo por causa dos árbitros, dos patrocinadores que partem e repartem, e da estrutura do dirigismo que organiza os jogos. Os partidos  devoristas do rotativismo não são causa da decadência, mas mero sintoma da despolitização do Estado e meras consequências dos sucessivos paralelogramas de forças.