As discretas reuniões dos donos do poder deram em raia parlamentar e em sacristas entrevistas a Judite de Sousa. Apesar de muitas comadres em palhaçada, ainda não desabou a algazarra da verdade. Os mantos diáfanos da literatura de justificação ainda recobrem um povo de impostados que não quer assumir o risco da cidadania fiscal. E o orçamento ainda se assemelha a um caixa multibanco da árvore das patacas…
Persisto em revolta contra as abstracções da constitucionalite, manipuladas pelo decretino do poder instalado, mesmo que este se chame pós-revolução ou estadão xuxial. Na prática, a teoria é outra: o legalismo regulamentar cunhado pelo martelo da golpada, incapaz de assumir a possibilidade de leis injustas e de poderes ilegítimos. Todos atingem o orgasmo com um simples processo disciplinar!
Quando o Estado tem como bocas que pronunciam as palavras da pátria os ministros Lacão, Silva Pereira e Mendonça, apenas podemos concluir que conquistar e manter o poder já não rima com governar. Apenas podemos concluir como quem mais durou em São Bento no século XX: “o exencial do poder é procurar manter-se…” (deixamos o sotaque sontacombandense, no erro ortográfico, para efeitos identificadores da obstinação…)