Nov 10

Os mercados não são deus nem o diabo, são mera epifania da ditadura dos factos…

Mais um dia de dívida e de dúvida, com a taxa abaixo dos sete, mas com menos de metade da procura, para os dos prós digam seu bem, e os do contra o inclinem. Nem jóia da coroa do marcelismo, a adse, se acabou por safar do fim da providência obrigatória. O seguro, afinal, morre de velho…

Os mercados não são deus nem o diabo, são mera epifania da ditadura dos factos…

Nosso baço fulgor é tão épico que apenas glorificam o ainda não estarmos em bancarrota…

 

 

Nov 09

Farpas

Já passámos o Rubicão dos 7%. E o “veni, vidi, vici” dos teixeirais desbocados,sobre os aritméticos “ratings”, soam aos elefantes de Aníbal, para o “delenda est Carthago”…Liguemos para a RTP Memória, das muitas “conversas em família”. Prefiro o “se bem me lembro”…

Adoro fazer parte da lista negra, tão bem elaborada por um docente que se diz da minha escola e gosta de testar as fontes de uma simples telemovelada. Ainda dizem que há colegas. Como se um qualquer irmão do ofício pudesse “colegere”…

O senhor secretário de estado, o que fica quando os ministros passam, confirma que a nomeação de ex-sócios cumpre todos os requisitos da lei. Apenas recordo que, nesta nossa memória, até a ditadura cumpriu rigorosamente a legalidade. Porque esta pode contariar o direito, não cumprir a justiça e ofender escandalosamente a própria ética pública. A mulher de César já nem quer parecer!

 

Nov 09

Conferência na Assembleia Municipal de Lisboa

Hoje fiz a minha primeira conferência pública desde o acidente cardíaco: agradeço ao Adolfo Mesquita Nunes, a confiança da proposta, e às instituição presidida por Simoneta da Luz Afonso. Senti-me vizinho desta cidade feita por subscrição nacional.

www.modelosdegovernacao.am-lisboa.pt

 

Nov 07

Farpas

Hoje o jogo é outro, Vilasboas contra Jesus, não é o da greve geral nem o do Sócrates contra os Credores. O futebol ainda é o ópio de um povo que foi mais amigo do Papa do que os galegos e catalães. Por cá ninguém ouviu: “Nem Deus, nem Papa, nem Estado”…

Aquele oficial cavaleiro da GNR, cuja alimária não gosta de manifes, ficou a ser, de repente, o mais mediático de todos os tropas da velha Lusitânia. Só em telejornais na China foram milhões e milhões em “share”. O presidente de Pequim não precisou do conselho de agências de comunicação, dado que o teatro de Estado lá do Império de Meio ainda tem o ritmo do instinto….

As novas anunciam mais um patife que fez tudo lícito, mas nunca foi honesto. Mas a trafulhice compensou a carteira e os sinais de prestígio. Pena que que tenha destruído por dentro todas as instituições onde ascendeu. Por mim, sem espírito de vindicta, apenas confirmo o que a intuição desde sempre apreendeu. Estou farto desses homens de sucesso que têm discursos que fizeram chorar a pedra das calçadas….

Nov 06

Hoje somos todos chineses

O país mais hipocritamente à esquerda da Europa, o nosso, o tal onde até a liderança de direita é social-democrata, continua a não viver como pensa. Por isso é que confirmo o que, há dias, ouvi de um altaneiro engenheiro social destas andanças da direita mais à direita: “meu amigo, quando é que você percebe que liberal não dá votos?”. Dei-lhe razão, mas nunca lhe dei nem darei o meu próprio voto.

Eu também não “amo” o Estado Social, ou o povo aparelhizado pela clientela que usurpou a partidocracia. Infelizmente, já não sou “boy”. E a maturidade idade não me dá vergonha para reformas douradas, à maneira de candidatos presidenciais e ex-líderes partidários deste sistema do bem pregas, frei Tomás, o tal que diz mas não faz. Bastam as parangonas.

Hoje, somos todos chineses. Pena que Almeida Santos e Stanley Ho não tenham menos trinta anos. Que Passos Coelho não seja Obama e que Portas não alinhe no “tea party”, da facção de D. Catarina de Bragança. Resta esperar pela próxima visita de um qualquer emir, mas desde que saudado pela frente da greve geral a que Manuel Alegre não adere nem Cavaco combate

Quando é que voltamos à política? Isto é, quando deixamos de acreditar em quem quer administrar a república como o “paterfamilias” dominava a casa? A política só começa quando saímos do espaço do doméstico e entramos na praça pública, onde cada um tem que ser dono de si mesmo, para podermos ascender ao eu comum…

 

Nov 05

Agora, só falamos de finança e esquecemos a política

Dantes, exagerávamos na política e não falávamos de finança. Agora, só falamos de finança e esquecemos a política. Até há quem fale na nossa transformação em Região Autónoma Especial do fundo de pensões da RPC ou dos Emiratos lá do Golfo… como se o problema fosse apenas da estatística dos tostões.

A grande PT, depois daquele último exercício de soberania, que pareceu ser o combate contra a Telecastelhana, atingiu o grande ideal da nossa era: distribuir dividendos antes do fim do ano, para não pagarem o imposto que moralmente era exigido aos capitalistas a que chegámos. Fiquem os anéis, que os dedos são do povão!

Uma no cravo (do bloco), outra na ferradura (do bloqueio), assim vai o PSD, ameaçando com a inevitável moção de censura. As andorinhas vão dormir e demorará a Prima Vera.

Ninguém cumpre o capitalimo sem espírito do capitalismo e porque nos falta a ética protestante, importa estudar Max Weber e reler Werner Sombart. Por cá apenas matámos o “burguês” que nos deu a liberdade de 1385 e nos preparou 1640. O Padre António Vieira que, aos capitalistas deu o lume da profecia, ainda tem razão. Como a tem Pessoa, quando escrevia esboços de tratados liberais numa Revista de Contabilidade!

Uma das soluções poderia passar pela restauração de um dos diplomas legislativos do nosso D. Sebastião, proibindo a usura, retomando os modelos medievais. Infelizmente já não se estuda Frei João Sobrinho, nas Faculdades de Economia, apesar da tradução que foi feita por Moses Bensabat Amzalak… onde podemos perceber a razão que nos levou a ter o primeiro banco apenas em 1820, copiando o brasileiro de 1808…

Os juros da dívida soberana são a medida de todas as coisas. Ainda não tiveram acesso à acta do último Conselho de Estado…

Não há salvação do mundo se continuarmos a assistir a este espectáculo de sucessivos emplastros, espreitando os protagonistas da geração viagra, para telejornal mostrar…

Só tem razão inteira quem for capaz de misturar o lume da razão com o lume da profecia, como ensinava Vieira…

Os problemas económicos e financeiros apenas se resolvem com medidas económicas e financeiras. Mas não apenas com medidas económicas e financeiras. Uma velha frase de Mounier, para Teixeira dos Santos emoldurar. E que não constava de “Das Kapital”, no tempo do Largo dos Leões…

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Nov 04

Acumulações de reformas com vencimentos

Soares, Sampaio, Vítor Ramalho e Ângelo Correia, todos apelam ao Bloco Central, porque com o Orçamento não passámos o Rubicão…

Dizem que vão ser proibidas as acumulações de reformas com vencimentos. Resta saber do resto, das acumulações de reformas com reformas. O problema não está apenas nos “boys” e nas “girls”, mas nos “olds” que ainda dão sentenças sobre moralidade, mesmo quando constam na lista de consultadorias e avenças por ajuste directo e favor clientelar.

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Nov 03

Greve de zelo

Se presidente comunica por Twiter e e Passos pelo Facebook, façamos hoje greve de zelo, gerindo os silêncios. Mandar é ter o monopólio da palavra e eles, os políticos que não se calam, mesmo quando proclamam que são antipolíticos, vêm agora ocupar este espaço de liberdade. Até a Manela discursou no Parlamento!

Quando está em crise a própria vontade de sermos independentes, pobres merceeiros sem sonhos, enrodilhados entre picaretas falantes que gastam a palavra pelo uso e a prostituem pelo abuso!

 Se há quem finja ir ao dietista, para disfarçar a fome de espírito, muitos preferem o SPA, transformando a correria no tapete e a musculação para o boneco em simples dedução fiscal…