Quem efectivamente manda em Portugal não é o PS, o PSD ou o CDS. Foram os sistemas de decisão simbolizados por Vítor Constâncio, Durão Barroso e Aníbal Cavaco Silva, bem como as forças vivas que se federaram de forma satélite em torno desses pólos, com a posterior literatura de justificação, sobretudo dos terinadores de bancada, depois do apito final da troika. O resto é campanha para papalvo.
Se eu pudesse engenheirar um qualquer esquema partidário no espaço não comunista, diria que precisávamos urgentemente de um partido republicano, à esquerda, de um partido liberal, ao centro, e de um partido conservador, à direita, bem como de um efectivo partido de extrema-direita, para que tudo ficasse clarificado. O resto dos existentes, depois de saldadas as dívidas, iria para o museu da pós-revolução.