Jun 10

Comemorando mais um fim de ciclo

Comemorando mais um fim de ciclo. Ou o registo da minha participação no Encontro dos Liberais Ibéricos no passado dia dez.

 

Porque Passos Coelho volta a dizer que é um homem de palavra, não comento indícios. Nisso, prefiro ser como o S. Tomé. Mesmo que não haja chagas. Basta a lista das escolhas dos ministeriais.

 

Quem vê em directo a turbulência de Atenas e de Barcelona, pode confirmar a areia movediça em que se movem os pequenos e médios Estados de uma Europa que diziam federal. Espero que o nosso próximo governo tenha a humildade de o reconhecer e que, depois desta agregação, se prepare um consenso bem maior, antes de um indesejável estado de necessidade.

 

A geo-estratégia é mera ciência auxiliar da política…. acerta tanto como as sondagens e a teologia

 

Por isso é que o João Paulo II e um electricista de Gdansk derrotaram a herança de Estaline…

 

Tal como um fabricante de champanhe imaginou a União Europeia..

 

E um imperador do Brasil desembarcou no Mindelo…

 

Costuma haver conversões na estrada de Damasco…

 

“Face a indícios de que 137 auditores que estão no Centro de Estudos Judiciários a formarem-se para serem magistrados copiaram num teste, a instituição atribuiu dez a todos”. Por mim, chumbava é este modelo de grelha, bem como os seus autores e executores…

Jun 10

Dez de Junho

Dia de Portugal. Corria o ano de 1880, quando Teófilo Braga e Ramalho Ortigão promoveram o Centenário de Camões. A rainha participa nas cerimónias de 10 de Junho, em carruagem descoberta. A comissão organizadora, presidida pelo visconde da Juromenha, mobiliza Eduardo Coelho, Sebastião de Magalhães Lima e Manuel Pinheiro Chagas, havendo grande apoio da maçonaria. Foi dez anos antes do Ultimatum…

 

Dia de Portugal. Em 1890: a estátua de Camões em Lisboa aparece rodeada de crepes negros, por iniciativa do deputado Eduardo Abreu e “a multidão vai enfim modelar-se em povo em torno da figura lendária do grande épico, e uma pátria surgir onde até aí se revolvia surdamente uma colmeia” (Basílio Teles). Compõe-se A Portuguesa. Miguel Ângelo Pereira compõe A Marcha do Ódio, musicando poema de Guerra Junqueiro.

 

Dia de Portugal: ano de 1825. Garrett publica em Paris “Camões”. Aí se canta: “Saudade! Gosto amargo de infelizes! Delicioso pungir de acerbo espinho!”. A pátria que hoje se comemora é uma invenção dos românticos liberais do século XIX. Os tecnocratas nunca o entenderão. E os funcionários públicos sem espinha, também não.