DOS PASSOS SEGUROS PARA O REGIME

DOS PASSOS SEGUROS PARA O REGIME

Por José Adelino Maltez

Procurando ler os novos sinais dos tempos que, a Passos, nos acrescenta Seguro, apenas reparo que a democracia estava um nadinha coxa, por falta de refrescada legitimidade da oposição, até para se cumprir o que foi manifestado como originalidade, nas duas mais recentes cimeiras europeias: um parlamento com mais de 85% de apoio ao programa europeu da nossa troikização. É evidente que não insinuo regressos aos discretos negócios do defunto Bloco Central, com as suas encomendas negocistas e o inevitável cortejo de devoristas,  “postos todos a comer à mesma mesa depressa passariam de convivas satisfeitos a amigos dedicados” (expressão de Rodrigo da Fonseca em 1835, quando se iniciou o métodos de nomeação de oposicionistas para altos cargos). Do mesmo modo, não advogo o consenso resignado face aos predadores da geofinança, com os seus feitores dos ricos, incluindo partidos e ministros. Noto que Seguro disse estar disponível para todos os acordos parlamentares contra a praga da corrupção. Isto é, a geração dos jotas pode ter a coragem de encerrar esta economia privada sem economia de mercado, onde prevalecem os métodos salazarentos do condicionamento industrial, cultural e comunicacional. Esta pulhítica de devorismo sem dor que costuma degenerar em crédito mal parado, como sempre acontece quando, em vez da competência, se premeia a fidelidade, revigorando o feudalismo, o patrimonialismo e o sultanismo, com falsos carismas, quando isto devia ser racional-normativo e racional-axiológico, de acordo com a democracia do Estado de Direito.

 

 

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