Nas democracias pluricentenárias, implantadas por homens livres e de bons costumes, não pode haver sociedades secretas para efeitos políticos e económicos. E aí de quem as confunde com sociedades secretas iniciáticas. Em situações totalitárias e autoritárias, ainda bem que existem sociedades secretas de resistência. E até golpes de Estado libertadores. Confundir alhos com bugalhos só alimenta os adeptos da tirania, do fanatismo, da ignorância e da intolerância. Nas democracias pluricentenárias, implantadas por homens livres e de bons costumes, não pode haver sociedades secretas para efeitos políticos e económicos. E aí de quem as confunde com sociedades secretas iniciáticas. Em situações totalitárias e autoritárias, ainda bem que existem sociedades secretas de resistência. E até golpes de Estado libertadores. Confundir alhos com bugalhos só alimenta os adeptos da tirania, do fanatismo, da ignorância e da intolerância. Há dois mil anos e tal que os cristãos, repetindo o que já diziam estóicos e confucianos, mandam amar o próximo como a nós mesmos e não fazer aos outros o que não queremos que nos façam a nós. Ainda hoje, cada um de nós violou essa norma mínima da faceta moral de todas as grandes religiões e crenças universais. A culpa não está na norma, nem nas organizações que a defendem. Está na natureza do ser humano. Daquele que todos os dias cai, mas que, sem essa norma, não poderia levantar-se. Com a democracia, que não é um facto, mas uma norma desse género, passa-se o mesmo. É um dever-ser que é, o imperfeito que manda procurar a perfeição. E que aperfeiçoa. Não há verdadeira liberdade sem metafísica. Nem homem sem transcendente, mesmo na perspectiva ateia. Para mim, o homem não passa de um transcendente situado. Alguns podem traduzir transcendente por espírito. Dizem o mesmo. Outros também podem dizer Deus ou deuses. Não interessam os nomes. Vale mais a coisa nomeada e sentida por dentro. Sou um homem religioso, mesmo sem religião revelada.