Nov 12

Não há liberdade sem metafísica

Nas democracias pluricentenárias, implantadas por homens livres e de bons costumes, não pode haver sociedades secretas para efeitos políticos e económicos. E aí de quem as confunde com sociedades secretas iniciáticas. Em situações totalitárias e autoritárias, ainda bem que existem sociedades secretas de resistência. E até golpes de Estado libertadores. Confundir alhos com bugalhos só alimenta os adeptos da tirania, do fanatismo, da ignorância e da intolerância. Nas democracias pluricentenárias, implantadas por homens livres e de bons costumes, não pode haver sociedades secretas para efeitos políticos e económicos. E aí de quem as confunde com sociedades secretas iniciáticas. Em situações totalitárias e autoritárias, ainda bem que existem sociedades secretas de resistência. E até golpes de Estado libertadores. Confundir alhos com bugalhos só alimenta os adeptos da tirania, do fanatismo, da ignorância e da intolerância. Há dois mil anos e tal que os cristãos, repetindo o que já diziam estóicos e confucianos, mandam amar o próximo como a nós mesmos e não fazer aos outros o que não queremos que nos façam a nós. Ainda hoje, cada um de nós violou essa norma mínima da faceta moral de todas as grandes religiões e crenças universais. A culpa não está na norma, nem nas organizações que a defendem. Está na natureza do ser humano. Daquele que todos os dias cai, mas que, sem essa norma, não poderia levantar-se. Com a democracia, que não é um facto, mas uma norma desse género, passa-se o mesmo. É um dever-ser que é, o imperfeito que manda procurar a perfeição. E que aperfeiçoa. Não há verdadeira liberdade sem metafísica. Nem homem sem transcendente, mesmo na perspectiva ateia. Para mim, o homem não passa de um transcendente situado. Alguns podem traduzir transcendente por espírito. Dizem o mesmo. Outros também podem dizer Deus ou deuses. Não interessam os nomes. Vale mais a coisa nomeada e sentida por dentro. Sou um homem religioso, mesmo sem religião revelada.

 

Nov 12

Não há verdadeira liberdade sem metafísica

Nas democracias pluricentenárias, implantadas por homens livres e de bons costumes, não pode haver sociedades secretas para efeitos políticos e económicos. E aí de quem as confunde com sociedades secretas iniciáticas. Em situações totalitárias e autoritárias, ainda bem que existem sociedades secretas de resistência. E até golpes de Estado libertadores. Confundir alhos com bugalhos só alimenta os adeptos da tirania, do fanatismo, da ignorância e da intolerância

 

Há dois mil anos e tal que os cristãos, repetindo o que já diziam estóicos e confucianos, mandam amar o próximo como a nós mesmos e não fazer aos outros o que não queremos que nos façam a nós. Ainda hoje, cada um de nós violou essa norma mínima da faceta moral de todas as grandes religiões e crenças universais. A culpa não está na norma, nem nas organizações que a defendem. Está na natureza do ser humano. Daquele que todos os dias cai, mas que, sem essa norma, não poderia levantar-se. Com a democracia, que não é um facto, mas uma norma desse género, passa-se o mesmo. É um dever-ser que é, o imperfeito que manda procurar a perfeição. E que aperfeiçoa

Todas as cartas de amor são ridículas. Mas mais ridículo ainda é não se conseguir escrever uma carta de amor. Com os símbolos, as pátrias , as religiões e as liturgias, todas ridículas, os que estão de fora até podem dizer o que os chineses diziam dos primeiros portugueses que os visitaram: “uns bárbaros, comem pedras e bebem sangue”. Eles não usavam o pão nem o vinho. Os mesmo diziam outros sobre aqueles adoradores de antigos símbolos de tortura antigos que todas as semanas praticavam antropofagia. Por causa da Cruz e das hóstias, ditas corpo do assassinado que ressuscitou. Sem essas e outras coisas ridículas, os homens morreriam todos de frio, por falta de alma

Não há verdadeira liberdade sem metafísica. Nem homem sem transcendente, mesmo na perspectiva ateia. Para mim, o homem não passa de um transcendente situado. Alguns podem traduzir transcendente por espírito. Dizem o mesmo. Outros também podem dizer Deus ou deuses. Não interessam os nomes. Vale mais a coisa nomeada e sentida por dentro. Sou um homem religioso, mesmo sem religião revelada.

Nov 12

Farpas

Foi há vinte anos em Santa Cruz. A república de Loro-Sae encontrou o sinal da sua memória de sofrimento para continuar a libertação. Pátria sempre foi terra de mortos que renascem nas saudades de futuro. Viva Timor Leste, Timor Livre!

Nas democracias pluricentenárias, implantadas por homens livres e de bons costumes, não pode haver sociedades secretas para efeitos políticos e económicos. E aí de quem as confunde com sociedades secretas iniciáticas. Em situações totalitárias e autoritárias, ainda bem que existem sociedades secretas de resistência. E até golpes de Estado libertadores. Confundir alhos com bugalhos só alimenta os adeptos da tirania, do fanatismo, da ignorância e da intolerância.

Sábado do nosso descontentamento. Quando a geometria social começa a não rimar com a aritmética parlamentar. E quando novas forças vivas ameaçam desequilibrar. Mesmo sem perturbadores sistémicos. Que os partidos compreendam o país. Incluindo o que se manifesta no palco das ruas.

Ministro da cenoura retórica, usa agora o espaço do chicote retórico. Foi num habituais passeios pela paisagem, em fim-de-semana, num exercício revivalista daquilo a que chamava ministro da província. E ministerializou discursivamente contra “propostas criativas” e atitudes “muito abstractas”. Meros jogos de “agenda setting” para glosar as parangonas do habitual semanário do regime.

Figuras morais do regime dissertam sobre o governo mundial e o futuro da utopia da Europa. Quem marca o ritmo é o antigo chefe dos banqueiros, para quem “Portugal está na situação de quem perdeu uma guerra”. Pena é que ainda tenha de agradecer a quem o bombardeou, isto é, a santa aliança do poder banco-burocrático e dos patos bravos do betão. Pena, não terem convidado Otelo Saraiva de Carvalho para a reflexão.

Berlusconi foi derrubado em directo na cimeira do G20. Antes de o ex-vice do BCE passar a liderar o governo de Atenas. Em Espanha ainda há direito a eleições e Portugal teve sorte de as fazer antecipadamente. A Europa corre o risco de deixar de ser uma democracia de muitas democracias. Isto é, pode perder o sentido e passar a ser regida por sucessivas ditaduras das finanças, tendo em vista as eleições alemãs e francesas. É cruel, espero que deixe de ser verdade.

 

Os militares dizem que não são funcionários públicos. Os médicos, também. Tal como os magistrados, os diplomatas, os ministros, os deputados e os professores. Isto é, noventa por cento dos funcionários públicos