Ministro da saúde diz que tem médicos especialistas a mais. Ministra da justiça diz que tem horas extraordinárias a mais, para os guardas prisionais. Ministro da educação, que tem professores a mais. Já lá estavam, os políticos é que não os sabiam contar. Os portugueses talvez comecem a achar que há ministros a mais para a tesoura desta mercearia. Bastava um, o das finanças, com dez secretários de Estado para o corte e costura.
Claro que vi o jogo contra a Bósnia. Deitadinho na cama, mas sem perder pitada. Gosto mais de futebol que de xenofobia, a laser. O árbitro era alemão, mas não foi por causa disso que errou. Mas o pontapé dos lusos estava com mais sede de redes. E a auto-estima cresceu um pedacinho. Gritei por dentro, que a faringite não deixa mais. Sou um doidinho da bola…incorrigível.
Novo governo italiano, apenas com doze ministros. Um deles o do Fomento, Obras Públicas e Transportes. Não consta que Álvaro tenha sido exportado. Nem como mármore de Carrara.
Ou de como um banco de investimento americano desembarca na democracia sitiada pelos mercados. Esperemos que os ditos inimigos passem a amigos dos povos. Num tempo de tantos homens lúcidos, sobretudo entre os comentadores financeiros e económicos, eu continuo com a lucidez de ser ingénuo: acho que a crise é política.
Van Rompuy ameaça suspensão de voto para os incumpridores. Entretanto, já pairam as sombras da suspensão da democracia para os chamados devedores. Queres o fiado da democracia? Toma! Já antevia o nosso Bordalo… Frutos do tempo. Da voz do dono.
Logo à tarde, vai ser lançado o n. 1 da segunda série da Revista da Maçonaria. O presidente do conselho editorial é Fernando Sacramento. Que também subscreve um artigo sobre o segredo maçónico. Há outros colaboradores. Vai estar nas bancas. Eu sei, porque também sou autor de um dos artigos. Uso o nome do cartão de cidadão.
Boa notícia: a troika avaliou-nos e passámos no exame. O cheque vai chegar, de oito mil milhões de euros. Vamos ter, depois, de o pagar. Com juros. Desemprego. Falências. Recessão. Empobrecimento. Falta de esperança. E engenheiros de sonho, com patriotismo científico.