Bom dia, bom ano, neste país das maravilhas de uma Europa em bolandas. O mundo continua a girar em torno do seu próprio eixo. E cada um de nós pode rodar em dignidade. Basta que a espinha não torça, mesmo que ameace quebrar. Eu prefiro estar preparado para olhar o sol de frente, quando passar o nevoeiro.
A última princesa nórdica dinamarquesa a que prestei menagem chamava-se Ebba Merete Seidenfaden. Helle Thorning-Schmidt nasceu vinte e seis anos depois. Ainda acredito no mito do rapto da Europa.
A nossa presidenta é graduada em ciência política, nórdica e líder de um dos velhos reinos medievais da Europa que ainda resistem.
“A instabilidade e a incerteza na recuperação da economia mundial está em crescendo, os assuntos internacionais e regionais sucedem-se, e a paz e o desenvolvimento do mundo enfrentam oportunidades e desafios sem precedentes”. Excerto da mensagem presidencial, depois de um português ter caído do cavalo.
Presidente falou. Fala, dizendo que outrora falou. E promete que falará. Confirma-se que, na prática, a teoria é outra.