Um problema de memória. Ou de falta dela.
Um símbolo do justo e perfeito. Desde D. Afonso III. Tanto podem ser os sete degraus do Templo, como os sete selos do Apocalipse, chegando aos sete mistérios. E não é por acaso que os sete anões da Branca de Neve repetem os sete metais, ou as sete forças planetárias coaguladas. Eles são os sete minúsculos mineiros ou garimpeiros que extraem da terra a Prima Materia, tal como no Pelicano. Tudo é sempre alguma coisa, quando a coisa deixa de ser o mero nome da coisa.
Se a nossa querida Natália Correia ainda pudesse lembrar a mátria, como ela seria justamente iconoclasta contra estes arrasadores do sagrado que nos vão poluindo em desesperança. Por isso deixo o belo hino ao Espírito Santo e à portugalidade atlântica que, outrora, nos regenerou.
Aqui vai o brasão de armas da liberdade lusitana. “A divisa Antes morrer livres que em paz sujeitos é retirada de uma carta escrita a 13 de Fevereiro de 1582 por Ciprião de Figueiredo, então corregedor dos Açores e grande apoiante de D. António I, Prior do Crato, ao rei Filipe II de Castela recusando-lhe a sujeição da ilha Terceira em troca de mercês várias. Em resposta à proposta de Filipe II, Ciprião de Figueiredo diz: “… As couzas que padecem os moradores desse afligido reyno, bastarão para vos desenganar que os que estão fora desse pezado jugo, quererião antes morrer livres, que em paz sujeitos. Nem eu darei aos moradores desta ilha outro conselho … porque um morrer bem é viver perpetuamente …”
Como resposta a algumas provocações aqui vai o belo hino da Madeira, com a letra respectiva.
Afonso Costa disse um dia, quando o país ainda andava descalço que o nosso problema era o de haver muitos pés e poucas botas. Quando, descalça, ia para a fonte, Lianor, pela verdura. Agora, garantem que “nunca outro Governo nomeou tão pouca gente”. Acredito em todos, mas gosto mais da Lianor.
Xosé Hermida é daqueles grandes jornalistas que se lê e relê. Peça apaixonante sobre Manuel Fraga Iribarne. Ou o retrato de um homem que passou e marcou.
Adorei ver um habitual comentador, de há quase trinta anos, denunciar as nomeações do poder bancoburocrático do velho Sindicato das Arcadas, de há trinta anos, ou mais. Um problema de osmose entre as duas faces dos donos do poder do situacionismo. Estão uns para os outros. E até tratam os políticos da partidocracia como seus feitores, para manterem as maravilhas politiqueiras do rotativismo, onde vira o disco, mas fica o mesmo. Ainda ninguém reparou que, aqui e sempre, o estadão, o capitalismo e o capitaleirismo são irmãos gémeos?
A diferença que vai da economia privada sem economia de mercado, a nossa, ao capitalismo monopolista de Estado com estabilidade de partido único é um mero choque eléctrico, com moinhos de vento. A faceta catrogueira deste ciclo de regime é das estórias onde qualquer coincidência com a realidade não passa de ficção das almas maldosas da antinação. Mas tem uma vantagem, a da caricatura.