Para os devidos efeitos, declaro, de pública e espontânea vontade, que, para ser aquilo que sou, nunca nenhuma entidade estranha à minha convicção me convidou. Sou, não estou. Quando alguém tem uma concepção do mundo e da vida, vive-a, isto é, vive como pensa, sem pensar, depois, como vai viver. Pobre país, o nosso, quando desfilam os exemplos dos que dizem ser independentes só porque confidenciam que receberam convites de fantasmas polarizados por preconceitos. Não gosto de ser pressionado a usar sinal distintivo obrigatório de minoria de gente da nação, seja estrela, compasso e esquadro, sinal da cruz, crescente, cinco chagas ou um simples adjectivo diabolizante ou honrado, onde se condensem as minhas convicções. Prefiro assumi-las por pensamento, palavras e obras. Não pelo método clássico da confissão, rainha das provas, mesmo que pintado de doce assédio social torturante. O processo inquisitorial já não está em vigor desde que as Cortes vintistas suprimiram a besta.