Farpas 28 de Janeiro

Para os devidos efeitos, reafirmo que não faço parte, como sócio ou dirigente, de nenhuma associação republicana nem monárquica. Mas nem por isso deixo de reivindicar a minha qualidade de republicano e monárquico. Assumindo a necessidade de restaurarmos imediatamente a república. Para podermos, livres, assumir a libertação. Sou contra os monárquicos que apenas são anti-republicanos e contra os republicanos que apenas são anti-monárquicos. Isto é, contra os que, matando o rei, assassinaram a república. Prefiro o armistício moral da paz dos bravos, em nome da pátria.

Não podendo ser racha-sindicalistas, até porque muitos me orgulho de meu passado sindicalista, embora longínquo, olho para o congresso da Inter, sem suficientes pergaminhos hermenêuticos, notando como um dos repórteres televisivos da cena, com plateias abertas e segredos de sala fechada, é um conhecido repórter de reuniões religiosas, entre a conferência episcopal e os assuntos vaticanos. Por outras palavras, estamos perante um sucedâneo de procura da unanimidade, depois de, na lei, ter sido instaurada e, depois, revogada a chamada unicidade. Mas o novo líder, num lapso verbal, não deixou de repetir Salazar, sobre o “todos não sermos demais”. Ninguém o interrogou sobre a eventual existência de maçons na central, onde, ao contrário do que acontece no PCP, não deve vigorar a determinação do Komintern de 1922, depois formalmente reafirmada por Álvaro Cunhal e ainda seguida, segundo confirmação recente.

Comments are closed.