Jaime Oliver mostra a receita de certas troikas e o modelo dos governos que a movem a hidróxido de amónio, depois de um prévio uso da máquina de lavar. Desculpem o carnívoro da comparação, mas quem observa este vídeo fica mesmo enjoado e com revolta. Ainda fica tudo vegetariano. Eu apenas gosto de pratos limpos.
O país troikado, mas primeiro-ministro firme e hirto: admitiu numa entrevista ao jornal alemão Die Welt que Portugal pode não regressar aos mercados em 2013. O tráfego médio diário nas autoestradas nacionais teve uma quebra na ordem dos 11 por cento. “Dou graças não ter sido eleito Presidente”, diz Alegre. Pacheco Pereira acusa o primeiro-ministro de “má-fé”. Passos tira 8500 euros a cada funcionário público. Medina Carreira diz que “Estado social colapsa daqui a seis anos”. A falta de padres em Portugal está a levar várias paróquias a serem atribuídas a sacerdotes estrangeiros.
Bem poderíamos esperar o folar da Páscoa, mas, neste sábado voltou a febre, com Relvas a emitir circular de pronunciamento verbal interpretando uma entrevistas de Passos e com o PS a espetar bandarilha comunicativa em tal jogo floral. Ainda não é o “out of control” e está longe o “point of non return”, mas que muitos metem os pés pelas mãos, não haja dúvida. Foi uma “semana horribilis” para o presente ciclo do regime. Para cúmulo, a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, não afasta a hipótese da Grécia entrar em bancarrota e ter de abandonar o euro e a União Europeia. E acrescenta: “ainda falta resolver várias coisas e isso é o que acontece na maioria dos Estados do sul da zona euro, mais a Irlanda”. Começo a compreender o labirinto.