A um opositor não se bate nem com uma flor, mas apenas com um ferro embrulhado em papel vegetal, para que as marcas do poder não deixem rasto

Os pequenos micro-autoritarismos lusitanos, sobretudo os subestatais, não batem nem prendem, mas não deixam de ser mugabes ao ritmo de hugo chávez. Perseguem, usam o ostracismo e transformaram os instrumentos do Estado de Direito no princípio da legalidade do velho Estado Novo, nas suas extensões coloniais de governo dos espertos, onde a lei é permissiva para os amigalhaços e apoiantes da lista, mas implacável para os que dizem não ou decidem “dissidir”. Não lêem o que se diz nos órgãos próprios, não ouvem o que se denuncia às autoridades e só falam em literatura de justificação do poder pelo poder, porque consideram que a política é a técnica hobbesiana do homem de sucesso, ao ritmo da “Wille zur Macht”, com variantes freudianas. Até mandam fazer contrablogues, com as mais sórdidas campanhas de assassinato de carácter, porque pensam que, enquanto o pau vai e vem folgam as costas…

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