Confessos iberistas, filatelias filantrópicas, comendas, prebendas, berloques e sinecuras…obviamente, demitam-se!

Reparo que a consultadoria é emprego que se ganha depois de se ter sido ministro de Estado, pelo que talvez fosse de exigir aos que os exerceram tal missão em nome do povo, que fizessem uma declaração pública, não do que entra na respectiva conta bancária, mas das funções não públicas que passam a exercer depois de colocarem no bengaleiro das tralhas o tal chapéu de funcionário da comunidade. Não para que os senhores polícias, magistrados e juízes os accionem criminalmente, de acordo com as leis que os da casta superior fizeram ou poderiam fazer, mas para que o senhor povo, que somos nós todos, possa avaliar cívica e moralmente os pretensos vacas sagradas. Saudamos, portanto, as nomeações do presidente para os supremos conselhos da comenda, nesta sociedade da corte e da prebenda, onde há uma relação directa entre o berloque e a sinecura, face a esta “network” de cunhas  e vaidades, onde acaba por ser predominante o processo do habitual curto-circuito. típico desta democratura de intermediários intocáveis. Porque, antigamente, chamava-se, à aliança da pretensa ciência certa com o poder absoluto, depotismo iluminado. Hoje, a coisa ainda não tem nome. Prefiro o que lhe deu Salgueiro Maia, no Largo do Carmo, no dia 25 de Abril de 1974: é o Estado a que chegámos. Porque cada Estado gera o seu próprio status, onde há sempre um l’ état que são eles.

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