Set 28

A falta de alternativas, dentro das actuais regras do jogo

De tanto comemorarmos a I República, não topamos a presente crise do rotativismo, onde as lideranças fortes propostas por salazarentos querem um Passos cada vez mais hintzáceo e um Sócrates, cada vez mais vibrando à João Franco, agravando-se a ditadura sistémica de um centrão, com o seu aparelhismo alimentado pela mera vontade de poder de fidalgotes esfaimados que mudam mais vezes de discurso que de camisa…

A falta de alternativas, dentro das actuais regras do jogo, impede que, pela imaginação e pelo sentido de risco, possa haver um baralhar e dar de novo, naquilo que Roosevelt chamou “new deal”. Não vislumbro nenhum general, chefe da resistência ao salazarismo, a quem o parlamento possa dar plenos poderes, para regenerar a democracia, como a França fez em 1958!