Europa. Meio-dia. Meia-noite

Primeiro, foram as falsificações estatísticas que nos deram o euro, as que nos lançaram no salto em frente, onde quem sabia, devia ou podia saber, dolosamente ocultou. Depois, foram os sucessivos adiamentos, à procura de um impossível federalismo sem dor. Agora, o perigo das cedências ao populismo, à xenofobia e até a um já não disfarçado racismo sociológico, face aos sulistas da mandriagem e de um lugar ao sol. A Europa em poder-ser continua a viver do equilíbrio entre o meio-dia e a meia-noite. Entre o velho mar interior que nos faz aceder a África e à Ásia. E a aurora boreal dos gelos eternos. Não passamos de uma quase península que é praia de partida para todo o mundo.

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