1989
UNCTAD
Fui eleito, em Fevereiro de 1989, Vice-Presidente do Grupo de Peritos Intergovernamentais em Práticas Comerciais Restritivas da mesma UNCTAD durante a Sétima Sessão (todo o ano de 1989) e em representação do grupo OCDE, depois de designação obtida pelo Grupo CEE, sob proposta da Presidência espanhola, sendo o primeiro português a exercer tais funções.
Foi até que ascendi ao máximo poder simbólico, principalmente quando me foi dado presidir à assembleia plenária da organização, em pleno palácio da ONU em Genebra. Porque, quando usei do martelo para dar e tirar a palavra aos representantes das grandes e médias potências deste mundo, em nome da lei internacional e das respectivas regras organizacionais, passei a compreender que a instauração de um Estado de Direito universal é o único seguro para a liberdade dos pequenos Estados ou dos mais pobres deste mundo.
Colaborei com a Academia Militar no ano lectivo de 1988-1989, nas cadeiras de Introdução ao Direito e Ciência Política, no âmbito de um protocolo entre esta instituição e o ISCSP.
1988 Abandono da política partidária
A minha relação com o CDS foi cortada logo em 1988, com o regresso de Diogo Freitas do Amaral, quando imediatamente suspendi a militância do partido. Sem nunca ter pedido a formal desfiliação, tomei diversas posições públicas de desvinculação, muito principalmente quando o grupo se transformou em Partido Popular. Tudo explicitei em cartas que, então, enviei a Manuel Monteiro.
A partir do ano lectivo de 1987-1988, passei a exercer funções docentes no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa.
Em 1987 editei: Nas Encruzilhadas do País Político, Lisboa, Instituto D.João de Castro, 1987 (97 p.);
Um Projecto por Cumprir (O Projecto de Lei do Fomento Rural de Oliveira Martins), Lisboa, 1987
Em 1986:
-Direita, Centrismo e Muitos Equívocos, 10 de Junho de 1986
-A Democracia Cristã em Portugal, A Voz, 30 de Junho de 1986
-Do Bloco Central aos irmãos inimigos, in “O Século”, de 17 de Julho de 1986;
-Que Bipolarização?, Expresso, 26 de Julho de 1986
-O Complexo Isolacionista, O Dia, 18 de Setembro de 1986
-Os Pequenos Maquiavéis, O Dia, 28 de Agosto de 1986
-Beneficiar uma Minoria, O Dia, 10 de Novembro de 1986
-O Homem Pós Ideológico, o Dia
-GOPs. O Velho Estilo e a Nova Gramática, A Voz, 31 de Outubro de 1986
-Portugal à Solta, Voz do CDS, de 30 de Setembro de 1986 (sobre Agostinho da Silva)
-Um País à Esquerda, O Dia, 31 de Outubro de 1986
-Grandezas e Misérias do Situacionismo, in O Século
-Liberalismo a retalho e comunismo burocrático, id. de 25 de Março de 1987;
-Que bipolarização?, “Expresso”, 26 de Julho de 1986
-Do Bloco central aos Irmãos Inimigos, Jornal de Macau, 23 de Julho de 1986
A participação contratual na Faculdade de Direito de Lisboa teve o seu termo em 14.10.1985, de acordo com requerimento apresentado pelo próprio ao Conselho Científico no final do ano lectivo de 1983-1984, onde declarei não haver vontade nem vocação para um projecto de doutoramento nas áreas disponíveis naquela instituição.
Edito A Revolução dos Lacticínios. Cronologia Geral Pecuária, Lisboa, Ministério da Agricultura, 1985 (policopiado, 101 pp.). Trabalho previamente incluído em A Região Agrária da Beira Litoral. Aspectos Histórico-Pecuários, Julho de 1984
Francisco
Em 1985, nasce o meu terceiro filho, Francisco.
Em 1984, Os Principais Jushistoriadores Portugueses. Introdução ao Problema, in História do Direito Português. Elementos Auxiliares, Regência dos Professores Doutores Martim de Albuquerque e Rui de Albuquerque, com a colaboração dos Assistentes J. Artur Duarte Nogueira, José Adelino Maltez e Mário Leite Santos, Lisboa, Associação Académica da Faculdade de Direito,Lisboa, 1984, (pp. 7-53);
A História do Direito Português de Marcello Caetano, in Revista da Faculdade de Direito de Lisboa, ano XXVI, (pp. 611-617).
Entre 1983 e 1988 exerci actividades de militância partidária no Centro Democrático e Social, onde assumi funções de dirigente nacional, eleito em vários congressos da organização.
Fui membro da Comissão Política Nacional (1983-1984), sob a presidência de Francisco Lucas Pires, e das Comissões Directiva e Permanente (1985-1987).
Dirigente político
No governo geral do partido, sob a presidência do Professor Doutor Adriano Moreira, de 1985 e 1987, fui, sucessivamente, responsável pelos pelouros da comunicação social e da cultura e formação doutrinária. Desenvolvi também funções técnicas na coordenação das campanhas eleitorais de 1983, 1985 e 1987.
Veja-se a minha intervenção como militante do partido, num comício de Braga. Como resultado do trabalho doutrinário desse período, destaque para o documento Democracia Cristã para Portugal. CDS.Exigências Políticas Imediatas, emitido em 13 de Setembro de 1986.
Fui candidato a deputado à Assembleia da República pelos círculos de Beja (1985) e Braga (1987). Até cheguei a formal deputado no hemiciclo de São Bento em 1988, embora em regime de substituição do deputado eleito pelo círculo de Braga. Acontece que nunca participei em qualquer espécie de trabalho parlamentar. É que a direcção do grupo parlamentar de que fazia parte só me comunicou a feliz entrada no clube, depois do período de substituição.
Poesia
Em 1983, poesia, Pátria Prometida.
1983 História do direito
Em 1983, edito A Administração Financeira na Idade Média, in História do Direito Português, Tomo I,Vol II,coordenação de Rui de Albuquerque e Martim de Albuquerque, Lisboa,1983-1984, pp. 450-512, com sucessivas reedições (na primeira edição de 1983, tal capítulo designava-se Estruturas Tributárias, pp. 267-356) ;
O Direito Processual Medieval, idem, (pp. 732-757);
O Sistema Penal na Idade Média, idem, volume I, tomo II, 216-267 (na primeira edição,pp. 761-791);
A Questão do Novo Código, in História do Direito Português, Lições dos Profs. Rui de Albuquerque e Martim de Albuquerque, com a colaboração dos assistentes J. Artur A. Duarte Nogueira, José Adelino Maltez e Mário Leite Santos, Lisboa, Faculdade de Direito, 1983, volume II, (pp. 130-153);
A Codificação Constitucional no Século XIX, , Lições dos Profs. Rui de Albuquerque e Martim de Albuquerque, com a colaboração dos assistentes J. Artur A. Duarte Nogueira, José Adelino Maltez e Mário Leite Santos, Lisboa, Faculdade de Direito, 1983, volume II,
Em 1982, Lei da Concorrência. Elementos para um Debate, in Empresas e Empregados, nº7, Abril de 1982;
Regras de Concorrência. Portugal “Terra de Ninguém”, in Empresas e Empregados ., nº8, Maio de 1982;
Infracções Anti-Económicas. O Espírito dos Anos 50 à Beira do Fim, in Empresas e Empregado., Junho de 1982;
Comércio Português. O Parente Pobre da nossa Economia, in Empresas e Empregados., nº11, Agosto de 1982
Em 1981, Leis da Concorrência: Elementos para um Debate, in Empresas e Empregados, 1981
Lei Interna da Concorrência Requer Novas Relações Estado/Economia, in Diário de Notícias Economia, 9 de Novembro de 1981.
Em 1980, nasce a minha segunda filha, Filipa
Entre a poesia e a docência jus-historiadora
Em 1980, No Princípio Era o Mar, Lisboa, 1980 (poesia);
História das Instituições. Correntes do Pensamento Jurídico, apontamentos policopiados, Lisboa, Faculdade de Direito, 1980-1981 (137 pp).
História das Instituições. Instituições Criminais Antigas, apontamentos policopiados, Lisboa, Faculdade de Direito, 1980-1981 (336 pp.);