O país mais hipocritamente à esquerda da Europa, o nosso, o tal onde até a liderança de direita é social-democrata, continua a não viver como pensa. Por isso é que confirmo o que, há dias, ouvi de um altaneiro engenheiro social destas andanças da direita mais à direita: “meu amigo, quando é que você percebe que liberal não dá votos?”. Dei-lhe razão, mas nunca lhe dei nem darei o meu próprio voto.
Eu também não “amo” o Estado Social, ou o povo aparelhizado pela clientela que usurpou a partidocracia. Infelizmente, já não sou “boy”. E a maturidade idade não me dá vergonha para reformas douradas, à maneira de candidatos presidenciais e ex-líderes partidários deste sistema do bem pregas, frei Tomás, o tal que diz mas não faz. Bastam as parangonas.
Hoje, somos todos chineses. Pena que Almeida Santos e Stanley Ho não tenham menos trinta anos. Que Passos Coelho não seja Obama e que Portas não alinhe no “tea party”, da facção de D. Catarina de Bragança. Resta esperar pela próxima visita de um qualquer emir, mas desde que saudado pela frente da greve geral a que Manuel Alegre não adere nem Cavaco combate
Quando é que voltamos à política? Isto é, quando deixamos de acreditar em quem quer administrar a república como o “paterfamilias” dominava a casa? A política só começa quando saímos do espaço do doméstico e entramos na praça pública, onde cada um tem que ser dono de si mesmo, para podermos ascender ao eu comum…