Perspectiva tirada de um colóquio dos estudantes de relações internacionais em austeridade. Um IPad de maçã norte-americana feito na China. Um microfone “wireless” feito no México para uma aparelhagem gerida à portuguesa. E um texto que não apetece ler, porque há gente com esperança à minha frente e que tem de ser mobilizada para o futuro. E a universidade, se for universidade, pode ajudar.
A cabeça da manifestação já chegou ao Rossio. Aqui vai a minha bandeira. Do que já foi concelho. É a minha bandeira, hoje. Da pequena pátria.
É deprimente o tempo que muitos gastam com meras questiúnculas de chefe de posto e de administrador colonial a que dão o nome de política, reduzindo-a a meras redes de vassalagem, naquilo que Hannah Arendt qualificou como governo dos espertos: a despolitização típica do governo da burocracia, com uma administração que apenas aplica decretos, como acontecia com o czarismo russo, a monarquia austro-húngara e certos impérios coloniais, pretendendo suprimir as autonomias locais e centralizar o poder. Mesmo que os donos do poder apenas exerçam uma opressão externa, deixando intacta a vida interior de cada um, ao contrário dos totalitarismos.~
Mais de 200 000 pessoas na rua, pelas freguesias. Apenas isso. Claro que os contribuintes pagaram os autocarros. Exactamente os mesmos que pagam a subvenção pública aos partidos. E o apoio aos sindicalistas. Mas talvez há mais autarcas de freguesia, não sei quantas vezes, que os militantes activos dos partidos e os mobilizados pelos aparelhos sindicais. Já havia freguesias e concelhos antes de haver Estado, antes de haver sindicatos e antes de haver partidos. E era melhor que as autarquias, os partidos e os sindicatos fossem todos pelo povo. Destroikem-nos.
Só foram vendidos 231 carros eléctricos, em Portugal, desde 2010 e até Fevereiro passado. No entanto, só em Monsanto, junto da minha escola, já há três postos de abastecimento no parque de estacionamento. Um erro de previsão explicável, mas que me permite olhar para esta imagem com um adequado sorriso. Porque todos os meses pago a factura sem poder estacionar.
Mais de 200 000 pessoas na rua, pelas freguesias. Apenas isso. Claro que os contribuintes pagaram os autocarros. Exactamente os mesmos que pagam a subvenção pública aos partidos. E o apoio aos sindicalistas. Mas talvez haja mais autarcas de freguesia, não sei quantas vezes, que os militantes activos dos partidos e os mobilizados pelos aparelhos sindicais. Já havia freguesias e concelhos antes de haver Estado, antes de haver sindicatos e antes de haver partidos. E era melhor que as autarquias, os partidos e os sindicatos fossem todos pelo povo. Destroikem-nos. Claro que prefiro pagar às freguesias…em vez dos carros eléctricos. Ressalvo os amarelos da Carris…
Sobre a última grande manifestação do povo organizado, como a democracia de muitas democracias, poderemos questionar: “se isto não é o povo, onde está o povo?”. Logo, se o dinheiro é um bem escaso, há que escolher o que melhor produz investimento. Eu prefiro o das autonomias, ao da agiotagem.