Há quem julgue que só existe aquilo que pode medir-se, segundo o cientificismo mental que pensa deter o monopólio do rigor, mas que, de tanto planeamentismo, não conseguiu prever a presente crise e nos amarrou às trombas dos principais elefantes brancos que nos escravizam em dívidas…
Portugal, se tem de submeter-se para sobreviver, não pode deixar de lutar para continuar a viver como comunitariamente se pensa. Só ousados engenheiros de sonhos nos podem mobilizar em saudades de futuro…
Só a flexibilidade das naus nos pode dar o pragmatismo e a aventura de uma visão do paraíso, aqui e agora, neste mundo e no nosso tempo, onde sempre é possível a redescoberta do transcendente situado…
Os poetas e profetas são mais verdadeiros do que os pretensos criadores de cenários políticos. E os falsos futurólogos do planeamentismo construtivista dos processos histórico, económico ou financeiros…
Se os parcos factores de poder que ainda restam à liberdade nacional e à vontade de sermos independentes não receberem o sopro de um pensamento com entusiasmo e de um entusiasmo com pensamento, poderemos reeleger recandidatos, mas não seremos passado presente com capacidade para pilotarmos o futuro, sem medo de ter medo…