A esquerda caviar e a direita neomonárquica adoram os que conseguiram sucesso negocista nos meandros da banca e do bolsismo, aqui e além enquadrados pela velha ortodoxia dos estalinistas e dos congreganistas, onde as obras e os retiros espirituais moderaram os vapores dos exaltados republicanos, ou dos extremistas revolucionários. Entre esta esquerda triunfante e esta direita ortodoxamente vaticana, há sempre ex-ministros de Estado, ilustres advogados de negócios internacionais, ou comemorativos reitores, com fardados académicos, para que se gaste tinta de caneta romba, entre pretensos cronistas-mores do congreganismo anti-reaccionário e do reaccionarismo anti-congreganista. Fica sempre sem direito à moderação a larga planura dos cidadãos de bom senso, os tais que se sentem indiferentes perante as encenações do ódio e da teoria da conspiração, porque a realidade são ministros assinando trezentos despachos na véspera da saída do gabinete e outros tantos carregando toneladas de fotocópias submarinas. É por isso que, por estes dias, quase todos foram escrevinhadores feitos à imagem e semelhança dos sucessivos anais da revolução nacional, em espectáculos revisionistas. Porque as facções continuaram o tiroteio da guerrilha civil fria que nos continua a enregelar. Quase todos amealharão reais expectativas de melhor sustento nesta engenharia de cunhas, entre corretores e agências de viagens, com untado acesso e água benta nos restos das aposentadorias do sistema Metternich. Por isso, prefiro revisitar e apoiar o sonho dos jovens turcos.. (2008) ”Je ne suis pas d’accord avec ce que vous dites, mais je me battrai jusqu’au bout pour que vous puissiez le dire”…. Nosso príncipe é fracturante e não recebe lições de democracia de ninguém, nem de Voltaire. Quem se mete com malhadores, leva!
Fev
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