Ontem, num grande salão de um alto dignitário do regime, fingindo que ali estava, compreendi que o problema não estava nos aparelhos e na boa gente que tem a ilusão de os servir. O problema está na circunstância de o Estado-Aparelho começar a perder comunhão com o Estado-Comunidade e de todos sofrermos com esse rebaixamento de fins e a consequente confusão de valores e inversão da hierarquia, com os pés na cabeça, a cabeça nos pés e o coração como simples máquina de batidelas e com o corpo todo deixando de ser suporte para a procura do infinito.
Abr
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