É a voz de um dono oculto

O bom e velho Estado apenas pode ser estudado pela clássica politologia lusitana da Arte de Furtar, anonimamente editada em 1652.

 

É a voz de um dono oculto que diz distribuir o que não é dele e vai sempre prometendo o que sabe não poder cumprir.

 

Um desarticulado centro onde desaguam ordens de compra e venda de poder, iludido pela publicidade enganosa dos mercados eleitorais, a partir dos quais fica sitiado pelos curtos-circuitos da cunha, do clientelismo e do sectarismo, sempre em nome do respeitinho pelo poderio dos poderosos.

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