Os gregos, mais uma vez, deram o triste espectáculo de um protectorado entretido com a procura do inimigo interno, depois de chafurdarem em abundantes teorias da conspiração. O jogo de activistas incendiários contra os polícias, onde a ordem que estes defendem está ao serviço de uma vontade estranha, é o melhor revelador da desadequação de uma aritmética parlamentar face a uma geometria social. Isto é, mais uma vez quebraram a espinha à Grécia, nesta invasão doce, para a integrarem num império administrado por governos de espertos.
O major português Luís Quilinan, residente em Londres, protesta contra o deputado de Manchester, Jacob Bright, que, no parlamento britânico, chamara a Portugal uma pequena Turquia, difamando os funcionários portugueses como ignorantes e corruptos: “Portugal é uma potência europeia que fez bancarrota de todas as qualidades que poderiam torná-la digna de respeito e confiança”. Quilinan desafia Bright para um duelo e, em Portugal, há grande mobilização de apoio a essa atitude, sendo-lhe oferecida uma espada de honra (4 de Abril de 1883).
Credores internacionais propõem que Portugal seja gerido por uma comissão internacional. Ribot, chefe do governo francês, em discurso parlamentar, fala numa intervenção colectiva de todas as potências interessadas (1892).
Hoje, a questão grega foi suplantada pela chicotada psicológica da falta de paciência e da emergência de Sá Pinto. Serão horas e horas de tempo de antena, a que assistirei com curiosidade. Qual Grécia, qual Turquia!
Não respondo a agentes provocadores. Mesmo que eles insistam. Nem os apago. Benvindos!