Out 29

É mais pragmático ter ideias, princípios, valores e crenças

Quando políticos ditos democratas, cedem às pulsões autoritárias que apelam ao despotismo de todos, ou, pior do que isso, a fomentam maquiavelicamente, para, depois, a instrumentalizarem, a história mostra que, muitas vezes, quem com ferro mata, com ferro morre. É mais pragmático ter ideias, princípios, valores e crenças. Sempre podemos viver como pensamos, sem pensarmos muito como depois vamos viver. Mas viver não é submeter-me para sobreviver. É lutar para continuar a viver.

Ninguém é mobilizado nestas épocas de estupidificação decretina. Sobretudo, quando se prova facilmente como a golpada do xico-esperto compensou e todos levam pela medida grossa dos merceeiros analistas e dos novos ricos que assaltaram o discurso dos serviçais do poder, principalmente quando foram prebendados com a categoria de sopeiras do regime, especialistas no habitual trabalho sujo da tábua de passar a ferro as diferenças que nos dão universalismo.

O grito de revolta de Maria Filomena Mónica no Expresso de hoje, contra a diminuição do respectivo rendimento como investigadora jubilada, ao lado de outros, a quem chama colegas, mas que nunca justificaram o mesmo rendimento porque nunca produziram o que deviam, é uma bela denúncia do comunismo burocrático e da respectiva incapacidade de julgamento do mérito, da criatividade e das provas dadas em serviço público. É tudo unidimensionalizado pelo nível do abaixo de zero e pelo mau exemplo. Abaixo a terraplanadora!