Quando os políticos mais altezas da nossa teatrocracia

Quando os políticos mais altezas da nossa teatrocracia mostram os traseiros da falta de palavra, apenas podemos concluir que eles não sabem olhar o sol de frente, quando pisam o palco comunicacional, não passam de sacristães que perderam o sentido dos gestos, baralhando o guião. Ainda não estamos na pessoana oligarquia das bestas, mas é evidente que a democracia resvala para a ditadura da incompetência!

Infelizmente, a herança absolutista, tanto das revoluções como das viradeiras, incluindo a do autoritarismo do século XX, obriga a sucessivas reeleições do situacionismos, dado que não continua a vislumbrar-se um indisciplinador que nos faça regenerar a fibra multissecular da independência. Mais do que falta de vontade política, há um vazio colectivo de vontade de sermos independentes.

Uma cobardia difusa, como no avestruz que mete a cabeça na areia, alimenta uma classe política predadora e o que se passa lá em cima, no cume do Estado, propagou-se para baixo, corrompendo todos os redemoinhos sub-estatais, de universidades e autarquias aos mais minúsculos dos serviços público, onde a febre do facciosismo, do clientelismo, do fanatismo, da ignorância e da intolerância se transformou em epidemia…

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