Fev 13

13 de Fevereiro de 2011 FB

Um qualquer nostálgico do império de Afonso de Albuquerque deve hoje ter-se esquecido da fatídica data do meu décimo aniversário (18 de Dezembro de 1961). O ministro dessa grande potência da pátria do Mahatma, saudando outra potência emergente, a do Reino Unido, e lendo papéis vindos de Lisboa, foi uma bela homenagem à era gâmica da história… Desde que descobrimos tal caminho marítimo, ficámos desempregados!

Abram as janelas, contra o bafio situacionista. Prefiro que a aragem constipe os coveiros do sistema, impedindo que eles se transformem nos coveiros do regime… São precisos mais críticos da democracia, para que não triunfem os habituais inimigos da democracia. Isto precisa mesmo de uma seara nova que vá além dos situacionismos, presidencial e governamental

Resta o teleponto da governança sem governo em política externa, onde o ministro indiano, na ONU, até nem reparou que estava a ler o discurso de Luís Amado, porque o guião é escrito pela pilotagem automática dos donos do poder da globalização.

O PS é situacionismo porque já esteve casado com o CDS (dantes, Basílio era ministro, agora é o alto-comissário para os investimentos) e com o PSD (o ex-presidente da distrital laranja é estrela dos estados gerais de Sócrates), com vários recrutamentos no PCP (Mendonça, Lino, Pina Moura, Vital) e sucessivas uniões de facto com o Bloco (o ex-partido dos directores-gerais de Guterres).

Liberdade é o sistema partidocrático mais reaccionário da Europa Ocidental, com dois idosos da continuidade sem evolução, sentados nas margens, com Louçã a copiar os “soundbytes” e o “agenda setting” de Portas, em sucessivas conspirações de avós e netos.

Igualdade é a geração parva, promovida pela geração dos nostálgicos do Maio 68 que são os mais idosos dos ministros continuadores de Veiga Simão, onde apenas escolhem os que são escolhidos pela casta banco-universitária e que planeiam pretensas profissões, sem flexibilidade nem humanismo, mas com muita publicidade enganosa.

Fraternidade é esta sociedade de porcos-espinhos, onde há 390 000 pessoas com mais de 65 anos em regime de multidão solitária, sem direito a vizinhança, por causa dos patos-bravos, dos gaioleiros e do financiamento partidário para o mais do mesmo, neste deserto de solidariedade.

Liberdade, igualdade e fraternidade, ou de como, na prática, a teoria é outra, neste regime que se diz contra o fado, futebol e fátima e se enreda na imagem, sondagem e sacanagem.

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