Afinal, isso da cola não era coca, mas tanga, ou melhor, golpe de “Marketing” da marca. Por cá, só golpe de “Merkel”, com o Teixeira a dar entrada em Belém e o Costa do banco a reconhecer que já estamos em recessão. Passos, de cruz em bruxas, diz que só se chegarmos a um Beco sem saída. Deve ser o do Chão Salgado, ao lado dos Pastéis… Uma das principais conquistas da liberdade de a bebermos, a tal que, primeiro, se estranha e, depois, se entranha, dizem, perdeu o mistério da receita. Ainda não tentei ir à cozinha experimentar o modelo, mas “se non è vero, è ben trovato.” Também havia o general coca-cola, conforme o PCP de então… Depois de Abril, houve um candidato coca-cola, quando passou da esquerda para a direita. Aceitam-se palpites. Mesmo que seja um desmentido do próprio. Os serviços de saúde pública cá da Lusitânia, julgo que em 1928, decidiram interditar o produto. Consta que o respectivo hierarca terá determinado: “se o produto corresponde ao título, é droga; caso contrário, é publicidade enganosa”. Quando o produto foi, de novo, lançado no mercado, era eu um jovem técnico-jurista da extinta Direcção-Geral do Comércio Alimentar e participei na coisa com um parecer: propunha o cumprimento integral da lei da rotulagem. E a coisa lá teve que vir, por vezes na “carica”. No velho processo em arquivo, até cunhas do Cardeal Cerejeira estavam… E faço, desde já, uma declaração de interesses: gosto mesmo dessa água choca… Mas também gostei dos pirolitos, os dos berlindes em vez de caricas ou rolhas…que se abriam com um pau…Também estes foram adequadamente proibidos pela antecessora da ASAE, a tal que chegou a ser dirigida pelo futuro chefe da PIDE, o Silva Pais… Agora os pirolitos andam todos avariados… O salazarismo era aquele regime no qual se dizia que o pirolito era a medida de todas as coisas…agora são os pirómanos-bombeiros… Deixo o “slogan” da proibição da Coca Cola: “beber vinho é dar de comer a um milhão de portugueses”. O problema é que era quase verdade… Ainda não havia Alentejanos… Também tenho um “zê” em Maltês… Isto é, sou um erro ortográfico desde que nasci A hermenêutica do futuro não se confunde com a mera interpretação autêntica do decretino, onde parece ter razão quem vence. Quem se unidimensionaliza pelo hierarquismo vertical engana-se. Pode ser que os dissidentes tenham com eles a força da razão, contra a razão da força.
Daily Archives: 16 de Fevereiro de 2011
Há uma certa geração viagra
Há uma certa geração viagra que, de forma revisionista, julga que apenas se registarão os epitáfios que todos os dias vão esculpindo, julgando que controlam a mera história dos vencedores. Como se ela fosse uma espécie de biografia autorizada pelos autores, onde apenas se irão ler as actas que eles próprios escreveram…. Suas ministeriais excelências são muitos infernos cheios de boas intenções que o raio das cotações, das taxas e dos mercados, dia a dias, nos desmentem, mesmo que se vistam de zorrinho e se conjuguem à manel pinho, no “dominus vobiscum”… Berlusconi vai mesmo ser submetido a um tribunal. Nem tudo o que o príncipe diz tem valor de lei; e o príncipe está sujeito à própria lei que edita… Deixem-no lá estar. Assim não teremos, por cá, as direitas e as esquerdas mais estúpidas do mundo. Apenas confirmaremos que ele é um dos rostos da Europa a que chegámos. Não é porreiro, pá! É uma vergonha… O povo são as camionetas de turismo para a terceira idade com que vão enchendo de figurantes as récitas capitaleiras do sindicato do elogio mútuo e os sucessivos cenários das homilias com que reelegem a oposição que lhes convém… A razão de Estado, sem Estado-razão, continua no tem-te, não caias. Têm o apoio das oligarquias que, por eles, continuam a facturar, a legislar, a regulamentar e a interpretar as vírgulas com que conjugam o pretenso monopólio do interesse nacional… Os adjuntos de certos descendentes dos negreiros pensam que o povão apenas come e cala, enquanto o pau vai e vem e lhe folgam as costas. Mas há quem não queira ser gladiador de certas castas que se vão adaptando ao devorismo dos vários regimes, entre música celestial e discursos de fazerem chorar as pedras da calçada. Por cá continua a gestão de interesses e pressões que tentam fazer dos intelectuários meros decoradores de salão de uma decadência típica dos fins de regime, onde feitores de ricaços alienígenas continuam a instrumentalizar adesivos e viracasacas, esses porta-vozes dos donos de seus costumes que nos continuam a escravizar.