Hoje é o dia do grande trinta e um…

Os Habsburgos, se quisessem, hoje, voltar a comprar Portugal, bastava-lhes gerir os sucessivos níveis de dependência neofeudal, onde concentricamente nos fizeram submergir de forma transversal, entre o politicamente correcto do bloqueio central e o culturalmente correcto do vira-o-disco-e-toca-o mesmo. Basta passar, de vez em quando, os olhos pelos arquivos da RTP-Memória para assistirmos ao ridículo desta decadência, dado que há dez ou vinte anos ouvimos a mesma música celestial de um gnosticismo, que nos tem conduzido ao sucessivas derrotas. Quando apenas urge que chegue o necessário indisciplinador colectivo que nos liberte das teias deste situacionismo mental, repetindo o gesto de Colombo face ao ovo, antes de haver gripe das aves. Os neofilipinos, que nem sequer sabem que é o respectivo Filipe, agindo pelo combustível da vontade estranha, continuam a recorrer ao velho prontuário das diabolizações inquisitoriais-pidescas, ou prequianas, exigindo que participemos numa procissão de pretensas santas alianças que procuram aceder às novas cortes dos habituais falsos príncipes deste reino que já não há. E os equilibristas do tal sistema, dito situação, nem sequer reparam que são os eternos parasitas de uma decadência pós-revolucionária que apenas serve aperitivos para o tal devorismo, servido nos mesmos salões dos continuados donos do poder, onde os ziquinhas que são primos dos têzinhos, por acaso casados com a sobrinha dos chamorros, andam sempre à procura do apoio aos novos feitores da quinta. Felizmente que Mr. Bill Gaitas aterrará para ensinar a nossa classe governante a dar o salto tecnológico. Não tenho dinheiro para ir à aula. E nem sequer fui convidado. Não sei nada de metodologia.

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