De novo, D. Manuel Martins, o anti-Bloco Central

A crise que vamos vivendo assume recortes inéditos, dado que, depois dos pescadores, os transportadores rodoviários, apenas replicam nesta praia ocidental, um movimento geral europeu. Por outras palavras, estamos a viver uma crise importada pela globalização e pela integração europeia, mas, em termos estratégicos, apenas se confirma que as nossas vulnerabilidades são maiores e que não as conseguimos transformar em potencialidades. O problema continua a estar em não sabermos, com alguma criatividade, fazer uma pega de cernelha a um touro de quem quisemos ser apenas bons alunos, com muitas traduções em calão tecnocrático. Continua a faltar política de sonho e muita imaginação, assente em criatividade. O Bloco Central já não clama o “porreiro, pá”. Só Scolari nos compensa, com trabalho de equipa, agora que chegaram as greves selvagens dos patrões e empregados da camionagem, com transmissão em directo desses “crimes” que se esquecem das leis da manifestação, da convocação de greves e da liberdade de circulação, um pouco como no “buzinão” contra Cavaco, apoiado pelo PS, ou nas manifes europeístas dos pescadores e camionistas, em França e em Espanha.

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