Mai 16

Campanha. Em dia de debate Jerónimo vs. Sócrates

Novas pinga-sondagens. Trovoada de empatas. Para que tudo continue um “zero sum game”. Como se a democracia não devesse ser um jogo de soma variável. Onde todos os jogadores competem para que todos ganhemos. Porque a concorrência pode gerar mais valias do que a paz dos cemitérios de uma união dita nacional…

O CDS quer. O PSD põe. O PS dispõe. O resto esgana. A “troika” quer, o eleitor já não dispõe. Só em sonho, a obra nasce. Em metapolítica que seja política.

Afinal, a chamada “cassette” mudou de cabeçona. Agora é mera “pen stick” na ranhura do nosso primeiro.

Jerónimo defende a pesada herança do Estado Social. Como se o dito “Welfare State” tivesse nascido do sovietismo…

Mansa não era a tia de nenhum…

A política patriótica e de esquerda não se mede aos custos…

A grande virtude do PCP é que mantém o Manifesto de 1848, de Karl e de Friedrich…

A diferença entre estatização e nacionalização é música celestial para fazer chorar as pedras da calçada…

Olhem que não… aos dois

Quem nacionalizou o BPN foi Vossa Senhoria!

As nacionalizações do PCP são 51 mil milhões. O custo da incompetência é capaz de ser bem maior…

O cheque-bébé e o complmento solidário para a taxação das pensões…

São Pedro continua a protestar pelo trovão…

Porque o PCP não cumpriu a sua missão de ter apoiado o PS. E Jerónimo a dançar o tango…

Levam os dois gravata monárquica desmaiada…

Estou convencido que há uma tradução portuguesa… O nariz cresceu…

A “penstick” acabou de virar a minha memória “ram”…

O computador do PC ainda não aderiu ao “Windows”…continua engasgado

“Portugal não é um país pobre…” (onde é que eu já ouvi isto?)

E o vinho dá de comer a um milhão de portugueses…

Jerónimo adere ao neoliberalismo: diz que é contra o proteccionismo. Subscrevo.

Jerónimo dança, mas quem dá a música é o Zé.

Não fui eu que abri os hipermercados ao domingo… O pingo doce é amargo e o continente está zangado.

O debate é mesmo chato…

Só a Clara de Sousa tenta dar murros na mesa… do orçamento.

A autoridade da concorrência faz o seu melhor….Olhe que não, veja as petrolíferas dos malandros…

Um chumbava, o outro não passa de sofrível mais… Ambos são tédio militante.

Uff…já acabou

Pedimos desculpa por esta interrupção. O debate vai fingir que começa agora com os que o têm de comentar

Mai 16

Entre a aritmética das sondagens e a geometria política (Diário Económico)

Entre a aritmética das sondagens e a geometria política

por José Adelino Maltez

 

Segundo as sondagens de ontem, os partidos da troika têm 84,1%. Em segundo lugar, vem a multinacional partidária europeia do PPE, com 48,7%. O PS está em terceiro, com 36,1%. Isto é, caso se reeditasse a primeira coligação com o FMI, de 1978, PS e CDS teriam 48%. Mas se fosse possível uma coligação PS/PCP, já haveria 42,9%. Só a união das esquerdas (PS, PCP, BE) teria o auge dos 49, 1%. Por outras palavras, em termos de aritmética imaginativa, até podemos ter um governo exclusivamente CDS, com apoio do PS e do PSD, mesmo que Sócrates, Passos e Portas não ministerializem. Aliás, encontraríamos entre prováveis deputados socialistas um democrata-cristão que vem de governos com o PS e o PSD. O problema não é da aritmética politiqueira da sondajocracia, é da geometria social de apoio da democracia. Um urneirismo sem cidadania pode não dar obediência pelo consentimento. Isto é, pode ser legal e formal, mas tornar-se rapidamente ilegítimo. A legitimidade do título pode não confundir-se com a legitimidade do exercício.