Não é por acaso que o Marquês de Pombal foi paradigma de jacobinos e salazarentos. Eu continuo a preferir a análise do respectivo perfil, conforme Camilo Castelo Branco. Daí que não alinhe no elogio a neoministro feito por direitistas e socialistas, subscrevendo o que dele acaba de dizer Pacheco Pereira.
Daily Archives: 23 de Junho de 2011
O poder, de vez em quando, fica nu… ou a questão das secretas
Conheci e privei com o principal especialista em secretas no último meio século. Não nas secretas, mas na universidade. Por isso, quando leio que um ex-chefe das nossas secretas terá passado informação ao grupo económico para onde foi trabalhar, apenas sorrio com o sofisma. A principal fonte de informações é o próprio e nunca os papéis que ele leu ou relatou. A guerra é outra. Bem mais “silly”.
Não conheço nenhuma boa ideia que não tivesse gerado sistemas de fanatismo, intolerância e ignorância, com o consequente terrorismo. Ontem foi um conservador, cristão, adepto da caça e de jogos de computador, solteiro, director da quinta biológica, maçon, nacionalista e verdadeiro norueguês. Cada um pode escolher o seu fantasma para continuar em preconceito.
A primeira página do semanário do regime é directamente proporcional à homilia dominical do comentador do regime. É tudo tão óbvio quanto o Senhor de La Palisse, entre um que sondou e outro que terá passado. Por mim, prefiro reconhecer que há coisas que só acontecem uma vez na vida. E hoje até sonhei com uma delas. E não foi com espiões em autogestão, quando eles perdem o sentido dos gestos.
Noto os restantes nomes dos escolhidos para a CGD: Pedro Rebelo de Sousa, Nuno Fernandes Tomaz, Eduardo Paz Ferreira, Álvaro do Nascimento e Rui Machete. O regime em peso. Dos prós e dos contras. Um modelo de acalmação suprapartidária que vai além do próprio Bloco Central. São muitos associados do IPCG
O poder, de vez em quando, fica nu. Fica sem concha e sem enfeite, isto é, fora da bainha. Foi o poder dos controleiros dos mercados. É a pressão descarada dos grupos de pressão internos, procurando influenciar certas decisões políticas. E o máximo de poder fáctico: a violência do terrorismo. Tudo sinais de vazio de política.”
António José Seguro está à frente na eleição para o cargo de secretário-geral do PS com cerca de 71% dos votos, num momento em que estão contabilizados cerca de 20.100 votos num total de 25 mil.”