Jun 01

Tempos de antena. Depoimento à TVI

Tempos de antena

«Paulo Portas dizia há uns temos que os jornalistas são preguiçosos, tem de se lhe dar a papinha toda numa folha e de preferência no primeiro parágrafo. Os tempos de antena do CDS são sobretudo isso.» (JAM, TVI24)

 

PS: «É o veículo de passagem da mensagem central de um partido muito centrado em si» (JAM TVI24)

 

«O PSD é um partido federalista, muito assente nas autarquias e nas forças distritais. Para o PS, infelizmente, nem todo o país é Matosinhos: a força que tem nas autarquias depende muito de um ou outro nome forte” (JAM TVI24)

 

“O PSD passa uma mensagem alegre, de congregação à volta do líder. Apela à união dos focos distritais como base da vitória e passa uma mensagem de esperança na mudança.» (JAM TVI24)

Jun 01

A campanha

Quanto mais a campanha aquece, mais a alma do entusiasmo cívico arrefece, com os boatos em crescendo. A derrota já antecipada por muitos marechais do PS entra em derrapagem imaginativa. Até dizem que vai haver uma coligação dos “troikianos”, com Sócrates a sai do Rato e a passar para presidente da Assembleia da República…

 

Já os marechais do PSD têm outra leitura de boatos bem mais delirante. Dizem que Marcelo não participou até agora na campanha, porque poderá ser o primeiro-ministro de surpresa do governo PSD, PS, CDS, sem direito a sobremesa.

 

Os velhos gerontocratas do regime lá vão enumerando os ministeriáveis. Depois de ouvir um deles, sugeri-lhe que transformassem os conselheiros de Estado em governantes e que fossem buscar um qualquer desses ministros de Salazar que ainda botam faladura como Frei Tomás da gargalhada..

 

Depois do “kit comício” do PS, com autocarro para a terceira idade e visita oceanário, PSD não consegue ocultar o churrasco, entre a posta mirandesa no Nordeste e o porco no espeto de Coimbra. O antigo bloco central sabe enfrentar a questão das subsistências e evita comentar o sistema de execução do programa da troika…

 

O PCP continua a preferir a feijoada, CDS é dominado pela prova dos vinhos e até o Bloco desce às feiras. A ditadura do folclore campanheiro, nestas visitas ao povo da província, não prescinde dos comestíveis deste sistema de romaria e comestíveis. Assim, ninguém quer falar em bancarrota. De pequenino, se torce, na campanha, o pepino infectado da governança…

Jun 01

Farpas de campanha

Bloco:«É um mainstream entre Deolinda e Homens da Luta». Reflecte «a esquerda caviar». A esquerda dos catedráticos e dos artistas. «Louçã é o único candidato a primeiro-ministro que ainda é catedrático» (JAM TVI24)

O PCP continua a preferir a feijoada, CDS é dominado pela prova dos vinhos e até o Bloco desce às feiras. A ditadura do folclore campanheiro, nestas visitas ao povo da província, não prescinde dos comestíveis deste sistema de romaria e comestíveis. Assim, ninguém quer falar em bancarrota. De pequenino, se torce, na campanha, o pepino infectado da governança…

Eu gosto do Augusto Santos Silva. Sem ironia. Basta observá-lo em três heterónimos notáveis. Ministro da defesa. Agente de propaganda do situacionismo. E sociólogo analista de sondagens. Em qualquer das tarefas, um brilhante activista. No malho hierárquico. No malhão do Ratton. Na malhação analítica. Precisamos dele, nem que seja na oposição.

Comentador-mor do regime assume a militância, humildemente. E assim começa uma longa e feliz campanha para a futura presidência da república. Caso não seja interrompida por uma patriótica mobilização para o governo.