Quanto mais a campanha aquece, mais a alma do entusiasmo cívico arrefece, com os boatos em crescendo. A derrota já antecipada por muitos marechais do PS entra em derrapagem imaginativa. Até dizem que vai haver uma coligação dos “troikianos”, com Sócrates a sai do Rato e a passar para presidente da Assembleia da República…
Já os marechais do PSD têm outra leitura de boatos bem mais delirante. Dizem que Marcelo não participou até agora na campanha, porque poderá ser o primeiro-ministro de surpresa do governo PSD, PS, CDS, sem direito a sobremesa.
Os velhos gerontocratas do regime lá vão enumerando os ministeriáveis. Depois de ouvir um deles, sugeri-lhe que transformassem os conselheiros de Estado em governantes e que fossem buscar um qualquer desses ministros de Salazar que ainda botam faladura como Frei Tomás da gargalhada..
Depois do “kit comício” do PS, com autocarro para a terceira idade e visita oceanário, PSD não consegue ocultar o churrasco, entre a posta mirandesa no Nordeste e o porco no espeto de Coimbra. O antigo bloco central sabe enfrentar a questão das subsistências e evita comentar o sistema de execução do programa da troika…
O PCP continua a preferir a feijoada, CDS é dominado pela prova dos vinhos e até o Bloco desce às feiras. A ditadura do folclore campanheiro, nestas visitas ao povo da província, não prescinde dos comestíveis deste sistema de romaria e comestíveis. Assim, ninguém quer falar em bancarrota. De pequenino, se torce, na campanha, o pepino infectado da governança…