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Tenho a impressão que a constituição, constitucionalmente falando, deve obediência ao direito e que o direito serve a justiça. Parecer não chega para juristício…que até esse era juridicamente regulado.
Daily Archives: 6 de Janeiro de 2011
Quando se rebaixam os fins da política, o lodaçal encharca e o que parece não é
Para os que não podem espreitar Plutarco, aqui deixo o título das três obras: “Como Distinguir um Adulador de um Amigo” (leitura obrigatória entre os habituais sindicatos de elogio mútuo, como na política e na universidade), “Como Retirar Benefícios dos Inimigos” (de grande utilidade nas presidenciais) e “Acerca do Número Excessivo de Amigos” (sobretudo para agências internéticas de criação de listas).
Neste retiro da minha ilha, a que hoje recheguei, tenho, pelo menos, tempo para ler a bela tradução de Paula Barata Dias sobre as “Obras Morais” de Plutarco. É evidente que o conceito de amigo não coincide com a polifilia dos do FB. Mas mesmo nesta pode surgir a autêntica amizade. Porque “a harmonia entre a harpa e a lira nasce da concórdia entre tons diferentes”…
Transformar documentos da pide em peças jornalísticas ou utilizá-los como pretexto para ataques a adversários políticos é subscrever métodos da pide e dos seus antecedentes e lugares paralelos, dos vigilantes revolucionários e formigas, aos moscas do intendente. Infelizmente, continuamos herdeiros dos inquisidores!
Quando se começa no regicído, pode acabar-se no republiquicídio…
Li ontem, sobre a questão do BPN: “Mas Dias Loureiro elogiou também as características políticas de Sócrates. Por exemplo, a sua “atenção aos detalhes”. “Só quem está atento aos detalhes pode fazer grandes coisas. Essa é uma característica dos grandes homens.” Elogiou-lhe também a “sensatez” e a “prudência” e ainda o seu “optimismo”: “O optimismo de Sócrates faz muito bem a Portugal”.
Papagaio real, diz-me, quem passa?
– É alguém, é alguém que foi à caça.
Do caçador Simão!…
(Guerra Junqueiro, 1890, com invocação de uma bela Purdey e de um belo texto onde havia tiros a Louçã, mas com muitas balas que saem pela culat…
Quem anda à chuva, molha-se. Só um milagre consegue que alguém passe apenas entre pingos da mesma chuva. Por outras palavras, quase todos os telhados de vidro começam a estilhaçar-se. Quando se rebaixam os fins da política, o lodaçal encharca e o que parece não é.