Jan 07

O bom e velho Estado

São 10 500 entidades das administrações central, local e regional, 1500 empresas públicas, cerca de 350 institutos e 1100 fundações e associações, com que o estadão se disfarça e nos vai sugando… O bom e velho estado. Desde as afundações aos pés de barro. Muita banha, pouco nervo e ossos descalcificados. O mostrengo resulta de acrescentarem órgãos para que se cumpram funções, pondo o carro à frente dos bois, marrando uns contra os outros e ninguém vendo os palácios diante das palhas, porque o aguilhão nos cega… Não vale a pena reformar muito do que deve apenas ser extinto. Muito menos seguir o conselho daquele economista, segundo o qual o problema reside nos funcionários e que apenas devemos esperar que eles morram… Se, segundo um cultor da ilustre ciência, é verdade que a longo prazo estamos todos mortos, seria preferível meter mãos à obra e determinar que, mesmo a curto prazo, podemos pôr o carro a andar em automobilização. Basta que o músculo movimente a banha e que o nervo seja superior à pança e que não voltem os fantasmas do velho Estado Novo que já não serve para o que foi criado. Desde logo porque há vários estados dentro do Estado e outros Estados acima do Estado. E que o Estado não são eles, devemos ser nós, os que efectivamente pagam…O mal volta a estar na manipulação do poder de sufrágio onde aqueles que, do monstro recebem, enganam os que continuam a ser impostados…O poder instalado já não resulta apenas da coacção directa dos que estão em cima sobre os que estão em baixo, mas antes da manha com que os persuadem e que está na face invisível da política, misturando ideologia com autoridade. Só voltará a democracia de confiança quando não nos deixarmos enganar quanto à prossecução dos nossos próprios interesses, desconstruindo a farsa que vai tramando o chamado interesse público, o que devia seguir de baixo para cima, em pública horizontalidade.

Jan 07

O bom e velho estado

O bom e velho estado. Excelente a fotografia do DN. Desde as afundações aos pés de barro. Muita banha, pouco nervo e ossos descalcificados. E ainda dizem que há fiscalizadores parlamentares, das contas ou judiciais…

 

São 10 500 entidades das administrações central, local e regional, 1500 empresas públicas, cerca de 350 institutos e 1100 fundações e associações, com que o estadão se disfarça e nos vai sugando…

 

O mostrengo resulta de acrescentarem órgãos para que se cumpram funções, pondo o carro à frente dos bois, marrando uns contra os outros e ninguém vendo os palácios diante das palhas, porque o aguilhão nos cega…

 

Não vale a pena reformar muito do que deve apenas ser extinto. Muito menos seguir o conselho daquele economista, segundo o qual o problema reside nos funcionários e que apenas devemos esperar que eles morram…

 

Se, segundo um cultor da ilustre ciência, é verdade que a longo prazo estamos todos mortos, seria preferível meter mãos à obra e determinar que, mesmo a curto prazo, podemos pôr o carro a andar em automobilização

 

Basta que o músculo movimente a banha e que o nervo seja superior à pança e que não voltem os fantasmas do velho Estado Novo que já não serve para o que foi criado.

 

Desde logo porque há vários estados dentro do Estado e outros Estados acima do Estado. E que o Estado não são eles, devemos ser nós, os que efectivamente pagam…

 

O mal volta a estar na manipulação do poder de sufrágio onde aqueles que, do monstro recebem, enganam os que continuam a ser impostados…

O poder instalado já não resulta apenas da coacção directa dos que estão em cima sobre os que estão em baixo, mas antes da manha com que os persuadem e que está na face invisível da política, misturando ideologia com autoridade.

 

Só voltará a democracia de confiança quando não nos deixarmos enganar quanto à prossecução dos nossos próprios interesses, desconstruindo a farsa que vai tramando o chamado interesse público, o que devia seguir de baixo para cima, em pública horizontalidade

Jan 07

Pudley

Do episódio das Pudley/BPP, apenas retiro que há agências de recrutamento de homens das artes e das letras que funcionam como as que promovem a socialite das revistas cor de rosa. Para que os primeiros dedilhem contra os nichos de mercado das ditas tias de Cascais e da Foz do Douro, com os seus eventos, a contado…

 

Se as primeiras continuarem a ser a esquerda e as segundas, a direita, compreenderei melhor a decadência…

 

Da direita que convém à esquerda, do vice-versa e do vira o disco e toca o mesmo, sempre à esquina, a mexer na concertina…

 

Considero-me totalmente esclarecido com aquilo que, ontem, Alegre disse na RTP. Fiquei hoje totalmente elucidado com aquilo que Cavaco disse na TSF. Ambos caíram na mesma esparrela. Ambos perderam.

 

Infelizmente, há por aí muitos restos das direitas e das esquerdas mais estúpidas do mundo. Alguns conselheiros de certa direita cobarde ainda são arrependidos da extrema-esquerda de que sempre desconfio. Até porque andam de braço dado com os tradicionais inimigos: os agentes do fanatismo, da ignorância e da tirania!

 

Nunca deixarei de atribuir a Alegre a dimensão do pretérito perfeito de um Abril que vai de Salgueiro Maia a Melo Antunes, com Jaime Neves na hora certa. E não deixarei de resistir aos tropas que não quiseram cumprir a voz do povo, medida pelas eleições livres de 25 de Abril de 1975 e aos que sempre nos instrumentalizaram para um regresso à ditadura

 

Cavaco e Alegre, bem como ilustres apoiantes dos mesmos, estiveram na mesma barricada a 25 de Novembro de 1975. Por favor, não deixem que a liberdade conquistada por valores mais altos, possa ser enredada pelas conveniências populistas, arrivistas e demagógicas, de que só beneficiarão os inimigos da democracia, à direita e à esquerda.

 

Confesso que eu próprio nunca poderia ser actor político, porque faço tantas confusões de verificação de contas como Alegre. Confesso que também era capaz de confiar a minha carteira a Cavaco. Mas nunca confiarei politicamente nalguns dos propagandistas recentes de Manel. E jamais confiaria a minha carteira a antigos e presentes amigos políticos de Aníbal.

 

Ouvi e vi o comunista da Madeira, vestido de Tiririca, que teve a coragem de se mostrar inteiro. Espero que os controleiros constitucionais das magistraturas tenham feito adequado registo, para os devidos efeitos. É tudo bem mais grave do que as Pudley e as compras e vendas de acções de Aníbal

 

Os casos que atrapalham Alegre e Cavaco são desses normais-anormais que cabem ao jornalismo de investigação. E por acaso foram por ele descobertos, em quase todos os contornos. Só que agora há os altifalantes de campanha, agitados pelos dos respectivos campanheiros e deputados, em agitprop, dita publicidade. E os publicitários políticos são sempre uns exagerados.

 

Não desconfio minimamente de Cavaco e de Alegre enquanto pessoas. Todos confirmam como meteram os dois o ilustre pé no lodaçal de um novo tempo político já sem a grandeza de outras eras. Outrora, ninguém atacou Soares com os argumentos do livro de Rui Mateus e muito bem.

Muitas entradas de leão, algumas saídas de … rasteiro, nestes soldados da política que não se desviaram de certas minas, de alguns desvios de armamento e de ataques furtivos, típicos da guerra subversiva. Não dá o bate e foge das auditorias a que só alguns têm acesso e todos podem saber porquê.

 

Alerta de tsunami. Querem tapar as fendas de muitos gigantes com pés de barro, depois de utilização de bombardeiros para afastamento de nuvens de insectos. Os pássaros apenas caíram por causa do fogo de artifício. Mas em Lisboa já troveja.

 

Para os que não podem espreitar Plutarco, aqui deixo o título das três obras: “Como Distinguir um Adulador de um Amigo” (leitura obrigatória entre os habituais sindicatos de elogio mútuo, como na política e na universidade), “Como Retirar Benefícios dos Inimigos” (de grande utilidade nas presidenciais) e “Acerca do Número Excessivo de Amigos” (sobretudo para agências internéticas de criação de listas).

Jan 07

O mostrengo, entre Cavaco e Alegre

Guião da campanha negra do BPN é igual ao do Freeport, principalmente no tocante aos arautos e propagandistas menores, aos mais assanhados “istas” dos respectivos chefes. Confirma-se que são meros irmãos-inimigos que andam a roubar “posts” uns aos outros. Mas quem com ferro tenta matar, com ferro vai amargurando. Basta ir aos arquivos dos “diários da manhã”…

Só voltará a democracia de confiança quando não nos deixarmos enganar quanto à prossecução dos nossos próprios interesses, desconstruindo a farsa que vai tramando o chamado interesse público, o que devia seguir de baixo para cima, em pública horizontalidade

Desde logo porque há vários estados dentro do Estado e outros Estados acima do Estado. E que o Estado não são eles, devemos ser nós, os que efectivamente pagam…

O mostrengo resulta de acrescentarem órgãos para que se cumpram funções, pondo o carro à frente dos bois, marrando uns contra os outros e ninguém vendo os palácios diante das palhas, porque o aguilhão nos cega…

São 10 500 entidades das administrações central, local e regional, 1500 empresas públicas, cerca de 350 institutos e 1100 fundações e associações, com que o estadão se disfarça e nos vai sugando…

O bom e velho estado. Excelente a fotografia do DN. Desde as afundações aos pés de barro. Muita banha, pouco nervo e ossos descalcificados. E ainda dizem que há fiscalizadores parlamentares, das contas ou judiciais…

O regime dos assessores, acedentes e incidentes tem destas trapalhadas que a procura de um melhor regime nunca teria… A miniatura que acompanha a ligação não é inocente. Foi tirada ao espelho.

Do episódio das Pudley/BPP, apenas retiro que há agências de recrutamento de homens das artes e das letras que funcionam como as que promovem a socialite das revistas cor de rosa. Para que os primeiros dedilhem contra os nichos de mercado das ditas tias de Cascais e da Foz do Douro, com os seus eventos, a contado…

Considero-me totalmente esclarecido com aquilo que, ontem, Alegre disse na RTP. Fiquei hoje totalmente elucidado com aquilo que Cavaco disse na TSF. Ambos caíram na mesma esparrela. Ambos perderam.

Infelizmente, há por aí muitos restos das direitas e das esquerdas mais estúpidas do mundo. Alguns conselheiros de certa direita cobarde ainda são arrependidos da extrema-esquerda de que sempre desconfio. Até porque andam de braço dado com os tradicionais inimigos: os agentes do fanatismo, da ignorância e da tirania!

Nunca deixarei de atribuir a Alegre a dimensão do pretérito perfeito de um Abril que vai de Salgueiro Maia a Melo Antunes, com Jaime Neves na hora certa. E não deixarei de resistir aos tropas que não quiseram cumprir a voz do povo, medida pelas eleições livres de 25 de Abril de 1975 e aos que sempre nos instrumentalizaram para um regresso à ditadura

Cavaco e Alegre, bem como ilustres apoiantes dos mesmos, estiveram na mesma barricada a 25 de Novembro de 1975. Por favor, não deixem que a liberdade conquistada por valores mais altos, possa ser enredada pelas conveniências populistas, arrivistas e demagógicas, de que só beneficiarão os inimigos da democracia, à direita e à esquerda.

Confesso que eu próprio nunca poderia ser actor político, porque faço tantas confusões de verificação de contas como Alegre. Confesso que também era capaz de confiar a minha carteira a Cavaco. Mas nunca confiarei politicamente nalguns dos propagandistas recentes de Manel. E jamais confiaria a minha carteira a antigos e presentes amigos políticos de Aníbal.