Jan 17

Entre o silva que nos defende e o silva que nos comanda

A democracia de Cabo Verde também está agitada por uma campanha eleitoral intensa, onde até se nota o resultado da sistema de apoios à exportação de produtos castiços cá da Lusitânia: um ex-deputado do PS, um ex-líder do PSD e um actual banqueiro, de capitais angolanos:

Os tradicionais recursos com que os politiqueiros fabricavam os dramatismo mobilizador perdeu-se em invejas e tragicomédias, desde a gaivota da coelha à reforma da presidenta. Apesar de não haver sinais de revolta, poucos parecem saber remar contra as marés de outrora. Porque navegar é preciso e votar também é preciso.

Dizem que os tradicionais fornecedores de rolhas às campanhas eleitorais estão em almoço, à porta fechada, com um dos recandidatos. Devem estar a discutir o relatório do caixeiro viajante das ventoínhas, sobre os novos métodos de propaganda do placebo, feito banha da cobra…

Entre o silva que nos defende e o silva que nos comanda, quando eles se torpedeiam, nós somos sempre os bombos da festa. E quem diz não querer tomar uma posição política está, desde logo, a tomar uma posição política: serve os que estão no poder.

Já Jaime Cortesão dizia que o português é mais do partido Sancho Pança e não torce pelo Quixote. Mas já não há asininos para montar, até porque os moinhos de vento foram recobertos pela tempestade das areias dividosas…

“Não discutimos [a dívida], discutimos as oportunidades de investimento do Qatar em Portugal e a presença das empresas portuguesas” neste país, declarou o primeiro-ministro. À pergunta recorrente que lhe tem sido colocada, Sócrates afirmou que “não foi com essa intenção” com que chegou ao Qatar, mas

Depois de uma semana de banho turco no país profundo, os principais candidatos refugiam-se no SPA do duche escocês…tudo para a malta que gosta do cá-tar. Cortem-lhe a água e todos confirmarão que por trás das encenações é só deserto, com os habituais camelos a… ladrar.

Acredito que a radicalização do discurso feita por Cavaco e por Alegre significa que “os partidos já devem ter estudos de opinião que indicam uma segunda volta devido à abstenção e por isso populismo para cima”. Logo, as eleições traduzem-se agora num “combate entre dois situacionismos: por um lado o presidencial, por outro o governamental”, resumiu.

Leio no JN esta bela profecia. Um candidato foi atingido pela bola durante um jogo e caiu estendido no campo. Outro candidato pegou no apito e interrompeu a campanha para que o adversário pudesse ser assistido. Aconteceu no frente a frente gigantesco da segunda volta no Estádio do Jamor, durante esse directo gigantesco a que se associaram a SIC, a TVI e a RTP, moderado por D. Duarte de Bragança.

Um árbitro atingido pela bola durante um jogo de futebol caiu estendido no campo. Um jogador pegou no apito e interrompeu a partida para que o árbitro pudesse ser assistido. Aconteceu no encontro Santa Eulália-Vilaverdense, Braga. Veja o vídeo.